Nº 24 - DONA CARLOTA JOAQUINA, A PIRANHA DO BRASIL

ATENÇÃO: PROIBIDO PARA MENORES

Dona Carlota Joaquina

Filha do rei da Espanha

Foi princesa do Brasil

Apesar de ser piranha

A menina desde cedo

Vivia botando o dedo

No buraco da chiranha

Feia que nem ariranha

E magra feito uma rã

Carlota era empenada

Baixinha, quase uma anã

Dente torto de cabrita

Quem olhasse via Chita

A macaca de Tarzan

Acordava de manhã

Coçando o pé da barriga

Tinha uma pele caspenta

Por causa de uma bexiga

Aquela rica menina

Nasceu com a triste sina

De se tornar rapariga

Gostava muito de briga

E tinha o dom da maldade

De temperamento forte

Como a sua vaidade

Aquela distinta dama

Quando deitava na cama

Era puta de verdade

Aos dez anos de idade

Em nome da relação

De Portugal e Espanha

Para evitar confusão

O rei por seu compromisso

Entregou esse estrupício

Pra se casar com Dom João

Já naquela ocasião

Muita gente cometia

O crime que a gente ver

Ser cometido hoje em dia

Dom João VI, idiota

Ao se casar com Carlota

Cometeu pedofilia

A menina não queria

Fazer amor com o marido

Ele foi pra cima dela

Que lhe mordeu o ouvido

Em outro assédio carnal

Ela deu de castiçal

No quengo do pervertido

Depois do acontecido

Dom João deixou de tentar

E passou mais quatro anos

Para conseguir provar

O sabor daquela fruta

Ela gostou de ser puta

Nunca mais parou de dar

Era Dom João se ausentar

Que já vinha um namorado

A rainha enlouqueceu

Vendo seu filho chifrado

Dom João tomou o poder

Ela saiu pra foder

E deu um golpe de estado

Quando o rei foi avisado

Do que Carlota tramou

Do chifre não disse nada

Mas do golpe reclamou

Deixou Carlota sozinha

Aí foi que a galinha

Deu até ter uma dor

Mas a França ameaçou

Com Portugal ser hostil

D. João se desesperou

De madrugada fugiu

Pra não perder a xoxota

Foi pegar dona Carlota

E se mandou pro Brasil

Enfim chegou o navio

Nesse torrão brasileiro

Ela se encheu de piolho

Como franga de poleiro

Por ter medo da patife

D. João VI levou chifre

Feito pano de toureiro

O tempo foi traiçoeiro

Fez da rainha um finado

D. João, príncipe regente

Como rei foi coroado

Deixou os chifres de fora

Carlota deu o boscora

E outro golpe de estado

Nesse golpe fracassado

Demitiu um conselheiro

Botou Carlota Joaquina

Pra fora do seu chiqueiro

Carlota perdeu o jogo

Se mudou pra Botafogo

Foi ciscar noutro terreiro

Ela dava pro padeiro

Fazia amor com criado

Até na beira do cais

Ela transou um bocado

Comeu padre, conselheiro

Vagabundo, cachaceiro

Doido, bandido e veado

Dos nove filhos criados

Quatro eram do regente

Os cinco filhos restantes

Eram de pais diferentes

Carlota sempre dizia:

Se eu não fizer putaria

Posso morrer de doente....

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Heliodoro Morais
Enviado por Heliodoro Morais em 22/07/2009
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