A Saga do Sertanejo da Modernidade
Eu comi meu feijão com rapadura
Estiquei minha rede no terraço
Bucho cheio, morrendo de cansaço
A cabeça rodando de tontura
“Maginando” na vida, que loucura
Tudo muda com tal velocidade
Cochilei pelo peso da idade
Me lembrando dessas coisa moderna
Balançando na rede com as perna
Me lembrando dum mói de novidade
dá pra ver que essa tal modernidade
Acabou com o sertão de antigamente
O matuto tá muito diferente
Tá do jeito do povo da cidade
As mulher tão cheia de vaidade
Fez os homem também ser vaidoso
Sertanejo ficou mais preguiçoso
Sem coragem, não pega no pesado
Passa o tempo na rede esticado
E só quer do melhor e mais gostoso...
Internet, pen drive, tá ligado
É orkut, é site, chat, e-mail
Bit, bite e tanto nome feio
De deixar um cristão apavorado
O curral não tem mais bosta gado
Não precisa porteira nem mourão
O vaqueiro não bota mais ração
Não tem queijo de coalho de mocó
Vaca hoje só quer dá leite em pó
O boi gordo faz lipo-aspiração....