*NA JANELA DO ÔNIBUS*
As ruas correm emparelhadas
O vento sopra no rosto suado
Passos na calçada num vai-vem
Transitam com rapidez assustado
Corre menino se perderes o trem
O patrão corta teu ponto irado
Fala o pipoqueiro entusiasta
Olha a pipoca quentinha agora
A moça aproxima-se com a pasta
O meliante furta sem demora
O povo vê o safado que arrasta
Nada faz se o canivete manobra
Um casal no poste recostado
Unem bocas corpos e braços
Imune aos olhos ali postados
Perde condução neste amasso
A chuva cai os dois disparados
Sorriem e correm abraçados
O carro ultrapassa sem licença
O guarda apita é certa a multa
Na esquina o grito faz presença
O pneu risca o asfalto na rua
O transeunte curioso fervença
A passagem livre a vida continua
As ruas correm emparelhadas
O vento sopra no rosto suado
Passos na calçada num vai-vem
Transitam com rapidez assustado
Corre menino se perderes o trem
O patrão corta teu ponto irado
Fala o pipoqueiro entusiasta
Olha a pipoca quentinha agora
A moça aproxima-se com a pasta
O meliante furta sem demora
O povo vê o safado que arrasta
Nada faz se o canivete manobra
Um casal no poste recostado
Unem bocas corpos e braços
Imune aos olhos ali postados
Perde condução neste amasso
A chuva cai os dois disparados
Sorriem e correm abraçados
O carro ultrapassa sem licença
O guarda apita é certa a multa
Na esquina o grito faz presença
O pneu risca o asfalto na rua
O transeunte curioso fervença
A passagem livre a vida continua