SAUDADE DA INFANCIA
SAUDADE DO TEMPO DE CRIANÇA
Após ultrapassar a oitava década de idade,
Estou voltando a me sentir como criança,
Com vontade de traquinar e tudo aprender,
Com o desejo de querer sem ter poder,
Estado de espírito buscando a felicidade
Que não se conquista, ela é que nos alcança.
Tenho saudade do meu tempo de criança,
Então não conhecia pobreza ou riqueza,
Corria pelos campos como um corsel,
Era feliz porque de felicidade nada sabia,
Era abraçado pelos ventos puros da natureza,
Os adultos me amavam com fraqueza,
De minhas traquinagens todos sorriam.
Mas o idoso, ao atingir o estágio de criança,
As patrulhas não lhe dão as últimas chances,
As demonstrações de amor se diferenciam,
Só lhes restam fugidias esperanças,
Negam-lhe o carinho por ultrapssado
Embora o considerem criança.