PÊIADA DE FIM DE ANO - 2008

O ano ficou tão velho

Que agora está morrendo

Mas pelo bucho do tempo

Vem outro ano nascendo

Carregado de esperança

Pr’o pai, pra mãe, pra criança

Pra todos que estão vivendo

Se dois mil e oito foi

Um ano de eleição

Que o novo ano venha

Sem voto pr’esses ladrão

Sem toró na Catarina

E que só chova menina

No colo desse cristão!

Se no ano moribundo

Não acertei de primeira

Se perdi minha burrinha

Com a crise financeira

Nesse ano que se apruma

Vou erguer uma fortuna

Investindo em brincadeira!

Se nesse ano morrente

No cordel comprei ingresso

No ano subseqüente

Lapidarei o meu verso

Vou escrever tão bonito

Que vou me tornar um mito

Na terra pr’onde regresso!