Poema Renascido... Esperança sem avesso. (sextilhas)

ESPERANÇA SEM AVESSO

Será que volto a compor?

Pois choro só, nesse outono.

E minha canção de amor...

Deixou de ninar meu sono.

Virou um canto de dor,

Nas horas de abandono!!

A minha viola chora...

Essa amargura no peito

E o tempo bom de outrora:

Que foi um sonho perfeito...

É só saudade, agora,

Tudo passou... não tem jeito!!!!

Agora meu sentimento,

Anda meio descomposto.

As dúvidas e os lamentos,

Já se mostram no meu rosto,

Sei que tenho dois momentos:

Entre a amargura e o desgosto!!!

E parte da inspiração,

Vou deixando no caminho,

Em meio a decepção,

Tento ser feliz sozinho.

Saudade é contradição:

Alegra e mata um pouquinho.

Levando meu coração,

Qual folha seca, ao vento.

Sem sonho a desilusão,

Chegou sem nenhum alento.

Mas busco nova emoção...

Busco um novo sentimento!!!!

Depois da noite vem dia,

Alvorada de beleza...

Mesmo quando há agonia,

Mesmo em noite de tristeza.

Vem renovada alegria...

Que a fé nos dá com certeza!

Na força do dia-a-dia:

Assim retorna a bonança.

Grande fome de poesia,

Saudade, só na lembrança,

Sonhos cheios de utopia,

Olhos cheios de esperança,

Faço um poema pra ela:

Esperança sem avesso.

A vida mostrada em tela,

Lindo e novo recomeço!

Paisagem na janela...

Muito mais do que mereço!!

Sonho lindo sempre tive,

E esse sonho me embala.

Que sem sonhar não se vive:

Me ajuda a pensar, me fala!

Em meu coração retive...

A canção que não se cala!!

Minha poesia de amor,

Volta a falar de alegria.

Tem nova rima e calor...

Bela e doce melodia!

Tão linda e cheia de cor,

Tem brilho e tem harmonia.

DETE REIS