Veio o vento da noite e deu um tapa bem na cara da minha solidão...
Quando bate no meu peito a saudade,
E invade minha alma, a lembrança.
Vou buscar os meus dias de criança,
De vida simples, pureza e felicidade!
Onde eu era desprovido da vaidade!
E a cada rosto, eu via a face de um irmão,
Vida ilibada, de harmonia e oblação!
Pois quem tem fé, da tristeza sempre escapa!
Veio o vento da noite e deu um tapa
Bem na cara da minha solidão.
Como num filme, foi passando na memória,
As brincadeiras, as cantorias e as danças,
As novenas do mês de maio e as festanças
Que marcaram fortemente minha história
Hoje vejo que a minha trajetória,
Conquistada palmo a palmo nesse chão,
É conseqüência da vida pacata de união,
Em um lugar escondidinho lá no mapa,
Veio o vento da noite e deu um tapa
Bem na cara da minha solidão.
Mote: Wellington Vicente
Glosa: Lindoval Rodrigues Leal
Porto Velho-RO, 10/06/2008.