O dia em que Schopenhauer conheceu Nego Valdelino e repensou suas convicções...
"Na plenitude da felicidade cada dia é uma vida inteira..."Goethe
O anjo Oswaldo ,não fossem os repetidos descaminhos,certamente,estaria sentado na cadeira dourada de arcanjo e de lá,despacharia resoluções celestiais,redigiria sumas angelicais que,por certo,inspirariam o pontificado maior.Contudo,aquele anjo cujas asas rotas que lembravam mais a de um morcego de igreja,tinha respostas coerentes para complicadas pendências filosóficas.
Impressionava ao errante serafim a enorme quantidade de pensamentos de seu antigo amigo e fiel parceiro no "café das cinco".Estava se referindo ao pensador alemão Schopenhauer.
O pessimismo de seu parceiro o incomodava há muito...
Num belo dia de sol,receberam a visita de pacóvio caminheiro que buscava uma sombra para aplacar os efeitos abrasivos do sol.Nego Valdelino era de poucas palavras,mas o olhar falava tudo e se fosse acompanhado pelo sorriso de lua minguante,o recado estaria dado...
Schopenhauer não se contendo de tanto azedume de desesperança ,falou:" A felicidade não existe,ela é curto intervalo de suspiro do sofrimento" e concluiu:"Viver é sofrer".
Em verdade,ele queria dizer que o sofrimento deriva da ilusão do ter e não da grande realidade do Ser.
O anjo Oswaldo indagou ´´ à si mesmo,porem,em alta voz:"Será que uma pessoa com tantos questionamentos sobre a vida se realizou?"
Elevando os olhos curiosos,Nego Valdelino não conseguia entender da razão de tamanho pessimismo existencial.Goethe ,talvez,contemplara,em algum momento, o velho que tinha eternidade para trás,que costumava revolver a terra ,qual terna caricia no preparo do plantio,ouvir a Voz do silencio da estrela Aldebarã no ermo da noite ...
O anjo ,com aceno fraterno,convidou nego Valdelino à sentar -se ao lado de Arthur,o prè nome do pensador.
Schopenhauer,picado pela peçonha do ego.admirando o negro simplório,indagou sobre o motivo de seus conflitos interiores que o mortificavam com tanto sofrimento.
" Valdelino qual é a razão de sua existência,o que deseja ter em sua vida?"
Nego Valdelino tomou um gole de café preto ,suspirando fundo,respondeu:"Amigo,vejo pelas finas mãos,ausência de calos e cicatrizes,contudo ,reclama de um sofrimento que não é seu...Eu sou o homem mais velho do mundo,porem, sou constante nascituro,pois,renasço à cada manha...
Eu não tenho a felicidade,eu sou a Felicidade,rejubilo ante o desabrochar da flor do Pajurá da Mata oculto entre frondosas arvores.Sua flor é centro de adoração de centenas de insetos que em sua reverencia ,propagam as sementes,perpetuando-lhe a espécie. Meu amigo vaga lume lanterneiro orienta o caminho de volta para casa,todavia ,o perfume da madressilva ,já anunciava da proximidade do lar.
Schopenhauer não apenas ouvia.mas.percebia os traços físicos,os gestos de Valdelino e identificou verdadeiro filósofo do campo onde não havia distancia entre o que pensava e o que vivia...Valdelino vivia a felicidade plena à cada dia e entendia,enfim,porque de sua eternidade! Negro Valdelino nascia à cada manha e renascia no dia seguinte ,para o velho,não havia o "amanha".
Pela vez primeira ,Schopenhauer percebeu que a felicidade não é algo externo ao homem,mas,sua essência Una !
Na manha seguinte,o Anjo Oswaldo percebeu que Arthur entrava com as mãos sujas de terra...
"Na plenitude da felicidade cada dia é uma vida inteira..."Goethe
O anjo Oswaldo ,não fossem os repetidos descaminhos,certamente,estaria sentado na cadeira dourada de arcanjo e de lá,despacharia resoluções celestiais,redigiria sumas angelicais que,por certo,inspirariam o pontificado maior.Contudo,aquele anjo cujas asas rotas que lembravam mais a de um morcego de igreja,tinha respostas coerentes para complicadas pendências filosóficas.
Impressionava ao errante serafim a enorme quantidade de pensamentos de seu antigo amigo e fiel parceiro no "café das cinco".Estava se referindo ao pensador alemão Schopenhauer.
O pessimismo de seu parceiro o incomodava há muito...
Num belo dia de sol,receberam a visita de pacóvio caminheiro que buscava uma sombra para aplacar os efeitos abrasivos do sol.Nego Valdelino era de poucas palavras,mas o olhar falava tudo e se fosse acompanhado pelo sorriso de lua minguante,o recado estaria dado...
Schopenhauer não se contendo de tanto azedume de desesperança ,falou:" A felicidade não existe,ela é curto intervalo de suspiro do sofrimento" e concluiu:"Viver é sofrer".
Em verdade,ele queria dizer que o sofrimento deriva da ilusão do ter e não da grande realidade do Ser.
O anjo Oswaldo indagou ´´ à si mesmo,porem,em alta voz:"Será que uma pessoa com tantos questionamentos sobre a vida se realizou?"
Elevando os olhos curiosos,Nego Valdelino não conseguia entender da razão de tamanho pessimismo existencial.Goethe ,talvez,contemplara,em algum momento, o velho que tinha eternidade para trás,que costumava revolver a terra ,qual terna caricia no preparo do plantio,ouvir a Voz do silencio da estrela Aldebarã no ermo da noite ...
O anjo ,com aceno fraterno,convidou nego Valdelino à sentar -se ao lado de Arthur,o prè nome do pensador.
Schopenhauer,picado pela peçonha do ego.admirando o negro simplório,indagou sobre o motivo de seus conflitos interiores que o mortificavam com tanto sofrimento.
" Valdelino qual é a razão de sua existência,o que deseja ter em sua vida?"
Nego Valdelino tomou um gole de café preto ,suspirando fundo,respondeu:"Amigo,vejo pelas finas mãos,ausência de calos e cicatrizes,contudo ,reclama de um sofrimento que não é seu...Eu sou o homem mais velho do mundo,porem, sou constante nascituro,pois,renasço à cada manha...
Eu não tenho a felicidade,eu sou a Felicidade,rejubilo ante o desabrochar da flor do Pajurá da Mata oculto entre frondosas arvores.Sua flor é centro de adoração de centenas de insetos que em sua reverencia ,propagam as sementes,perpetuando-lhe a espécie. Meu amigo vaga lume lanterneiro orienta o caminho de volta para casa,todavia ,o perfume da madressilva ,já anunciava da proximidade do lar.
Schopenhauer não apenas ouvia.mas.percebia os traços físicos,os gestos de Valdelino e identificou verdadeiro filósofo do campo onde não havia distancia entre o que pensava e o que vivia...Valdelino vivia a felicidade plena à cada dia e entendia,enfim,porque de sua eternidade! Negro Valdelino nascia à cada manha e renascia no dia seguinte ,para o velho,não havia o "amanha".
Pela vez primeira ,Schopenhauer percebeu que a felicidade não é algo externo ao homem,mas,sua essência Una !
Na manha seguinte,o Anjo Oswaldo percebeu que Arthur entrava com as mãos sujas de terra...