O PESADELO

O PESADELO

Enfim, acordara... segundo parentes passara mês e meio na UTI, "bajulando a Morte", tivera até parada cardíaca, diziam. Mas esta de volta ao bairro, à rua onde crescera, à vila onde nasceu. Notou a ausência de um ou outro vizinho, do jornaleiro, do entregador da mercearia.

-- "SE MUDARAM..."!, desconversaram amigos.

Fora isso, tudo na mesma rotina: a antiga alegria, as velhas piadas, os batidos bailes, festinhas e "cervejadas". Na mente imagens veladas, "flashes" opacos de centenas de covas, corpos insepultos, dramas, terror. O que seria aquilo ?! Fôra só um... PESADELO !

Seu cérebro martelava estranha pergunta:

-- "E DAÍ ?! QUER QUE EU FAÇA O QUÊ" ?

"NATO" AZEVEDO (em 12/maio 2020, 15hs)