Desconhecido
Eu o recusava, não o queria por nada nesse mundo, Havia algo nele que me causava um pavor estupendo, talvez aquele jeito vidrado de olhar. Me sentia culpado por não lhe ter amor, o desejo intrínseco dia e noite para que ele sumisse tomava conta de mim. Em nossos passeios deixava-o livre, ele não saia do lugar, dei as costas a ele e fui caminhando, ele me seguia com aqueles olhos hipnóticos. A vizinha excêntrica finalmente se interessou, dei a ela, senti um demasiado alívio, ah estava livre !!!!
No outro dia ao acordar aquela alegria momentânea havia desaparecido. Abri os olhos lentamente e fitei o ser na porta do meu quarto com aquela tranquilidade demoníaca. Isso tudo estava acabando com meu sono, estava me sentindo como Trevor Reznik, em " The Machinist". Levantei num furor, eu estava em cólera, apanhei ele, ele mantinha-se rígido, lancei -o para o outro lado do muro de minha casa. Num sentimento saboroso de liberdade ri descontroladamente feito uma hiena.
Quando de repente vejo a peste levitando, e pela primeira vez sorriu para mim, me deixando ainda mais perturbado.