UM LUGAR SUSPENSO NO AR
'...tudo tão florido, um ar tão limpo, árvores carregadas de frutas, com galhos repletos de pássaros coloridos, mas, paisagem sem sons, sem movimento como num lindo quadro de natureza morta...'
Nem sei se estava sonhando, abri os olhos, mas, nem reconhecia aquele lugar. Me belisquei forte e realmente doeu, estava acordado, mas, não sabia onde me encontrava e a única coisa que ali se mexia, era eu.
Olhei a minha volta, sentia o ar entrando em meus pulmões, sentia o Sol aquecendo suavemente a pele, só não sentia o solo que estava pisando, como se andasse sobre um bolsão de ar. O céu estava parado sem nuvens, com o Astro Rei fixo sem um mínimo tremor, como que pintado numa tela de um tom de azul bem claro, muito estranho.
Gritei, mas, não havia eco, andei por várias direções durante horas e não havia ninguém, nem senti algum cansaço. Estava num espaço, sem memórias, como num intervalo de tempo para um outro mundo, sei lá.
Não havia nenhuma fonte de água e eu não sentia sede, tampouco fome. Por curiosidade fui me aproximando de uma macieira, só que por mais que eu andasse, não a alcançava, como que ela fosse se afastando a cada passo que eu empreendia até ela.
Essa situação foi se arrastando, por dias, meses, anos, nem sequer me lembrava, eu não comia, não bebia, não dormia, falava sozinho, não me recordava das palavras que havia proferido e as repetia, repetia, repetia...estava me sentindo louco. A pele enrrugava, os olhos estavam embaçados, minguava, minguava, mas, sem dores, sem cansaço, apenas estava envelhecendo cada dia mais.
Não tinha a menor noção da passagem do tempo, nada se alterava naquele lugar, só eu estava deteriorando. Não havia noites naquele espaço de tempo, eu não me ouvia mais, andava sem esforço, não havia atritos para impedir a passagem dos meus passos. Eu estava cada vez mais magro, seco, pele sobre os ossos, murcho, me transformando em pó, as partes inferiores de mim foram as primeiras. E antes que os meus olhos se fechassem definitivamente, senti um doce aroma de flores e vi os pássaros coloridos, voando alegremente...
Olhei a minha volta, sentia o ar entrando em meus pulmões, sentia o Sol aquecendo suavemente a pele, só não sentia o solo que estava pisando, como se andasse sobre um bolsão de ar. O céu estava parado sem nuvens, com o Astro Rei fixo sem um mínimo tremor, como que pintado numa tela de um tom de azul bem claro, muito estranho.
Gritei, mas, não havia eco, andei por várias direções durante horas e não havia ninguém, nem senti algum cansaço. Estava num espaço, sem memórias, como num intervalo de tempo para um outro mundo, sei lá.
Não havia nenhuma fonte de água e eu não sentia sede, tampouco fome. Por curiosidade fui me aproximando de uma macieira, só que por mais que eu andasse, não a alcançava, como que ela fosse se afastando a cada passo que eu empreendia até ela.
Essa situação foi se arrastando, por dias, meses, anos, nem sequer me lembrava, eu não comia, não bebia, não dormia, falava sozinho, não me recordava das palavras que havia proferido e as repetia, repetia, repetia...estava me sentindo louco. A pele enrrugava, os olhos estavam embaçados, minguava, minguava, mas, sem dores, sem cansaço, apenas estava envelhecendo cada dia mais.
Não tinha a menor noção da passagem do tempo, nada se alterava naquele lugar, só eu estava deteriorando. Não havia noites naquele espaço de tempo, eu não me ouvia mais, andava sem esforço, não havia atritos para impedir a passagem dos meus passos. Eu estava cada vez mais magro, seco, pele sobre os ossos, murcho, me transformando em pó, as partes inferiores de mim foram as primeiras. E antes que os meus olhos se fechassem definitivamente, senti um doce aroma de flores e vi os pássaros coloridos, voando alegremente...