Rochas Lunares

Falando, tão frio quanto os ventos que vem ao badalar da meia noite, naquela rua deserta e escura, sobre os ladrilhos do calçadão.

Segurava minha mão, com os olhos que refletiam o brilho das estrelas, tão perdida e ao mesmo tempo tão cativante, você se mostrava em meio aos clarões dos fogos de artifício.

Mas logo eu veria que tudo estava arruinado desde o inicio, fico pensando aonde eu errei, para você queimar a fogo baixo, sozinha, tão quente como um incinerador, no fim.-"Quanto você notou, da falta que me faz?"

Você me pegou e com a lâmina e me disse -"Por favor fique até a ultima noite, não vá a lugar nenhum".

Voando até uma rua final, sem expressão, indo para o amanhã, mas você estava nessa noite, tão cativante, me mostrando sua própria luz, brilhante em todo seu esplendor carmesim-"Quantas palavras eu posso dizer para você ficar?" -"Nessa longa noite, até o ultimo badalar?"

Enquanto corria em círculos, esperando o sentimento vivido dos próximos aniversários, rodeado de rostos familiares...

Aonde esta minha nova lição de esta dando meu melhor?

Más palavras, palavras loucas-"Meus argumentos já estavam tão leves quanto rochas lunares".

Então as estrelas caiam de seus olhos, quão machucado eu fiquei quando me encontrou, vendo as almas que você despojou, se refletindo no brilho tremulo, espelhado sobre a lâmina de metal, nessa rua escura e por ventura, final.

Sua estranha luz vermelha vai encontrar a todos, até o final.

Quando me chamarem de volta, enquanto apagam a luz de meus holofotes desse mundo louco, te levarei de volta em segurança, até sua casa, pois o show não acabou.

Nessa noite longa, carregado pelo desejo do eterno ficar, esse sentimento transcendental, ainda assim devo dizer um adeus e até mais, em um futuro próximo.

Será que poderá me ouvir em seus ouvidos, quando sussurrar canções de ninar gentilmente em suas orelhas, quando te contar que você é a razão de meu sangue estar frio e não sentir mais calor, pois meu anjo, muito especial, me fez chorar.

O tempo como uma flecha sem volta, sem controle, irá te trazer a noite da epifania, quando dormi irá perceber que de novo você, se encontrara sobre os feixes de luz, com os holofotes prateados sobre você!

Nos frios e desgastados ladrilhos carmesim. -"Onde eu estarei esperando".

Será que quando se der conta, do quanto me importei contigo, você poderá dizer um sórdido e ressentido, boa noite...

Pois minha querida, nenhuma outra voz me libertaria, mais que sua voz que mandou em meu mundo.

Até lá, estarei esperando, das cadeiras próximas do palco, enquanto as pétalas do amanhã ainda não existem, queime e se afogue no mar de emoções dessa vida, até que roubem o brilho de teus olhos, mesmo que seja um erro, não tenha vergonha, pois você era tão especial, tão especial para mim.

Eu estarei esperando o próximo ato, sobre o holofote da luz da lua, essa noite, pois o quê dizer? Sou apenas alguém aguardando para fechar as cortinas ao sair, porquê você era tão especial, tão especial, que não poderia deixar assisti até o ato final.

Senhor dos Ventos
Enviado por Senhor dos Ventos em 06/11/2017
Reeditado em 06/11/2017
Código do texto: T6163680
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