CRINAS NEGRAS (mini conto)
Trotes ligeiros, descompassados, pesados. Seis enormes cavalos de crinas negras, cavalgados por seres horrendos, pálidos, luminescentes, pequenos, sem rosto, como anões translúcidos, correm em disparada na direção do lago escuro e gelado. A noite já está alta, eles seguem sem alterar o rumo, nem tão pouco a velocidade, mergulham com sons de urros e grunhidos e somem. Em segundos reaparecem, como que flutuando sobre as águas geladas, surgem como seres absurdos, anões brancos, translúcidos, de quatro patas curtas, caras de traços acavalados, com crinas negras, luminescentes e mudos. Um homem estupefato, que observava à distância, desmaia. Se delírio ou verdade, não se sabe, mas, uma tela surreal, foi formada às marges do lago, escuro e gelado.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 29 de maio de 2015.
Trotes ligeiros, descompassados, pesados. Seis enormes cavalos de crinas negras, cavalgados por seres horrendos, pálidos, luminescentes, pequenos, sem rosto, como anões translúcidos, correm em disparada na direção do lago escuro e gelado. A noite já está alta, eles seguem sem alterar o rumo, nem tão pouco a velocidade, mergulham com sons de urros e grunhidos e somem. Em segundos reaparecem, como que flutuando sobre as águas geladas, surgem como seres absurdos, anões brancos, translúcidos, de quatro patas curtas, caras de traços acavalados, com crinas negras, luminescentes e mudos. Um homem estupefato, que observava à distância, desmaia. Se delírio ou verdade, não se sabe, mas, uma tela surreal, foi formada às marges do lago, escuro e gelado.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 29 de maio de 2015.