As pequenas grandes coisas do multiverso
O ser ao contrário serviu ao verso. O verso serviu bem ao certo que serviu bem ao errado. O certo se enfiou no errado que se enfiou no todo... Ops... Cadê o certo? Cadê o errado? Acho que se fundiram. Acredito que sim. É, isso sou eu. Aquilo sou eu. Aquele outro sou eu...
Sou, ser, somos. Sereria a sereia na areia? Sererei a fada na jaula? Melhor a sereia sereir e a fada seraiar. Somos. Enfim.
Outrora estava eu pensando como a hora anda, passa, zoa. Ora ora... Nada de hora. Quem disse que existe essa tal coisa que se chama hora? Eu oro aos protetores, sem hora pra orar. Orarei na aurora da lua. É que eu acredito nos guardiões da floresta. Acredito nas mães divinas. Acredito nas ervas cósmicas e nas garças na beira do mar. Eu acredito mesmo em fadas.
E os duendes são doentes? São não. São sacanas, isso sim! Desde que sou menina me fiz gnomo... duendes me zoam. "Minha casa é na árvore azul..." dizia o Saleto... E eu, bem guria, ia procurando pela praça da figueira e de Saleto não via nada, mas por sorte encontrava a Laluanda que me convidava pra entrar na portinha coração pra tomar aquele cházinho de Aya.
É que eu me animo e vou contando meu cantinho. Sabe se lá aonde mas é.
Guri me falou que já sabia fazer, então porque sentiria medo? Tá certo, tá. Sei sim.
*é que deu a louca