Grama....

Nunca vou esquecer aquele dia em estava em um beco com um monte de punks, de cabelos espetados, e estávamos fugindo de um dinossauro que nos caçava pela cidade, estávamos em um beco, que tinha uma saída lateral muito apertada e só passava um de cada vez, o mais incrível é que eles não me viam, eles passavam por mim, e eu sentia medo do dinossauro que estava vindo e gritava por socorro quase fazendo um ´´scremo´´, e ninguém me ouvia, foi quando só sobrou eu no beco, e o dinossauro apareceu, ficou me cheirando, mas ele não me via, acho que apenas sentia que eu estava ali, deu um rugido de Dino e correu de volta pelo beco, eu respirava fundo, aproveitei a oportunidade e passei pela fenda ao meu lado, aquela fenda era muito estranha, pois quando sai do outro lado eu estava saindo do canto da área da minha casa de infância, a casa que meus avós ( meus pais) construíram e éramos muito felizes, mas estava tudo abandonado e eu via a rua exatamente igual daquele Paraná de terra vermelha, e então eu sai correndo por que ouvi os rugidos do dinossauro, acho que ele tinha achado a passagem e talvez destruiria em segundos, eu corri as ruas da vila em que me criei, estava tudo apagado, e mais ao longe eu vi os punks tentando se esconder, mas como era muito pequena a vila, depois da ultima rua, havia somente pastagens, e eu corri muito, somente a luz da lua que estava intensa me guiava, eu corria, sentia meus pulmões saindo até pelos ouvidos, mas quando cheguei em certo ponto, vi no meio do nada uma árvore iluminada, grande, alta com uma copa de galhos e folhas enormes, cheia de cipós em volta, e tinha vagalumes de luzes vermelhas e laranjas, mas a luz maior vinha da raiz da árvore, e a iluminava toda, fiquei deslumbrada, cheia de paz, e

de repente comecei ouvir de todos os cantos dos galhos a voz da minha mãe (vó), chorosa, me dizendo que me amava, e que não podia ainda me visitar, mas estava com saudades...eu chorava copiosamente e cavava a terra em volta das enormes raízes, e quanto mais ela falava comigo, a árvore se iluminava criando brilhos intensos e cores psicodélicas, fechei os olhos no choro, deitei no chão e quando abri, eu estava flutuando pra longe daquela árvore maravilhosa, e gritei, estendendo as minhas mãos pra baixo querendo voltar pra sempre pra ela...e acordei soando frio na minha cama.

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Pessoal, o que descrevi, foi um sonho que tive realmente e nunca me esqueço dele, porque foi muito bonito, resolvi compartilhar com vocês, espero que tenham gostado!

Karol.

Karol Nirvas
Enviado por Karol Nirvas em 17/01/2014
Reeditado em 17/01/2014
Código do texto: T4653199
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