Incubus

Senti! Penetrava meu corpo, meus poros, a energia entrava e saia, eu pude sentir. Fiquei fraca, forte, forte e por fim fraca. Olhei para o lado esquerdo daquele quarto branco sem detalhes eficientes – ele me observava. Era tão lindo, parecia tão amável, um homem perfeito, enfim.

As mãos estavam paradas sobre meu abdômen. Era exatamente ali que eu sentia minha força se dissipando. O que estava havendo? Pensei que iria acabar apenas quando todos os grãos de areia se aglutinassem – mas eu estava equivocada. Em fração de segundos ele sumiu, sem que nenhum brilho me ofuscasse as vistas nada límpidas.

Adormeci. Quanta injustiça! Para que dormir? Eu não achava correto dormir enquanto estava em um transe. O ar rarefeito invadia o quarto, novamente eu pude sentir. A energia existente em meu corpo era quase nula, o que ainda existia nada de positivo carregava para o meu ser.

Afinal, quem era ele? Pensei, pensei, pensei. Eu estava fraca, então obviamente, era um maldito Íncubos se aproveitando do meu corpo frágil para sugar minhas energias. O que era apenas fruto da minha imaginação se mostrava tão belo, mas não havia nada. Sentei em minha cama, um tanto mais desperta, lá estava ele, me observando atento.

- Bom dia meu amor!

Descobri. Não era um Íncubos, era um amor. Porque demorou tanto? Pensei em perguntar, mas não faria sentido algum. O admirei ao me admirar – não era injusto, - pois ao admirá-lo minhas energias voltaram, - instantaneamente.

Aura Ksna
Enviado por Aura Ksna em 24/04/2011
Código do texto: T2928574
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