O HOMEM. A MULHER! SEU DESTINO... SUAS VIDAS!

Carcan nasceu pobre, num miserável casebre de favela. Seu pai um homem trabalhador, porém embrutecido e quase sem Deus. Sua mãe uma mulher acabrunhada e trabalhadora, porém inculta e entristecida pela miséria.

O menino crescia, obedecia e era até meio-feliz. Os anos se passaram. O menino tornou-se homem. Começou a frquentar os mais diversos ambientes. Numa noite, depois de vir do buteco, parou defronte um templo. Instintivamente começou a orar e a rezar a seu Deus-desconhecido. Depois da oração foi-se para casa dormir. E naquela noite um anjo lhe apareceu em sonho falou e disse: Carcan, Jesus está te chamando... Ele quer te salvar... Venha depressa e vá ao templo nesta noite...

E o dia amanheceu. A família não tinha o que comer no café-da-manhã. Só tinha o café-preto ralo como ¨água-de-batata¨... Carcan lembrou-se do sonho e das palavras do anjo. Anoiteceu. Carcan vestiu-se humildemente e saiu... Passou pelo buteco... Deteve-se à porta do templo. Uma mulher o chamou para entrar... O templo estava cheio de fiéis. O homem entrou. Sentou-se no último banco. Ajoelhou-se e começou a orar e a rezar ao seu Deus. Uma mulher ajoelhou-se ao seu lado. Era uma distinta senhora de meia-idade, cabelos já grisalhos, morena. Ela olhou para Carcan de soslaio. Nada disse. Apenas contemplou-o. Levantou-se e afastando-se foi embora do templo.

No dia seguinte Carcan comunicou à família que iria freqüentar a igreja. Seu pai exasperou-se endemoniadamente. Falou e disse que o expulsaria de casa. Falou e disse que Deus era invenção dos homens para ganhar dinheiro. Entretanto, Carcan, lembrando-se das palavras do anjo bateu pé. Falou e disse que havia sido escolhido para a glória do Senhor. Seu pai mandou-o juntar seus trapos e sumir de casa. Que ele nunca mais botasse os pés na casa do seu pai. O moço, entristecido, fez o que o pai mandou. Sua mãe derreteu-se em copiosas lágrimas. Carcan ausentou-se da casa paterna-materna.

O moço virou mendigo, pois não tinha para onde ir nem parentes que o acolhesse. Os anos se passaram. Numa noite fria de abril os mendigos estavam sentados se aquecendo ao fogo debaixo de uma marquise. Já passavam das 22:00 hs. Vindo-se, sabe-se de onde, parou um carro junto a marquise dos mendigos. Desceram do veículo duas senhoras elegantemente vestidas. Elas foram até os mendigos. A mais jovem falou e disse: é este aqui mãe. É este que eu escolhi. E Carcan foi levado pelas mulheres.

E o tempo passou célere. Soube-se depois que Carcan casou-se com sua salvadora, possui dois filhos hoje, é um homem rico, perdoou seu pai e é um cristão exemplar para todos que o conhecem e para a sociedade.

Limagolf