Tudo o que vem de você se chama dor.

- Tudo o que vem de você, para mim, se chama dor.

A incompreensão, a maldade fina que me tortura sem matar. O uso das minhas palavras contra mim mesma.

- Eu não sei.

- Acho que a culpa é minha. Feri sua vida, tomei-a por inteiro e você se fez meu; mas a que preço?

Advirto-o que eu não tenho mais como pagar essa dívida interminável.

- Digam-me o que disserem, a dívida é impagável. Há algumas assim. É fato.

- Talvez sua vingança esteja indo longe demais. Mas, inegavelmente a culpa é minha.

- Talvez, mas enquanto houver um ceitil, será tomado, explorado, solicitado.

- Não há mais. Aviso que não há mais. A não ser dor. Quer dor como pagamento?

Nada mais possuo, só a dor. Tudo que vem de mim se chama dor.

Pedi o que não era possível eu tivesse