Jovem em Cana

A cadeira da delegacia não parecia muito confortável para Abel. Ele se mexia muito. Ou por estar incomodando, ou pôr o mesmo estar nervoso. Apostaria num misto dos dois casos, visto que era um assunto sério, seu filho foi pego em uma festa para maiores. Quanto ao desconforto físico, parecia que os móveis do lugar tinham a aparência de muito velhos.

Ao olhar para o delegado, Abel ouviu a ordem.

- Investigador, traga o jovem! Quero resolver isto logo. Hoje tenho um jantar de aniversário de casamento e não posso me atrasar.

O investigador fez um sinal saindo para buscar o filho de Abel. Na sala especial viu que ele falava com outros jovens que também estavam detidos por serem de menor em festa para adultos.

- Davi! Davi!

Aparentava que teria que chamar pela terceira vez, mas quando o investigador ia abrindo a boca, o jovem Davi olhou para trás, visto que estava de costa para o policial.

- Diga senhor investigador. – Davi se aproximava do investigador com cara de quem precisava saber o que acontecia

- Seu pai veio busca-lo.

- Aguarde um pouco. Vou me despedi do pessoal.

Aproximando-se dos outros jovens, ele apertou a mão de cada um que estava ali e deu um abraço em todos. Eram colegas ou de turma ou de futebol. Que assim como Davi, só esperavam os pais virem busca-los.

- Pai?! Como ficou sabendo ? – Vendo a cadeira a sua frente, Davi andava para sentar nela e ficar do lado do pai

- Um de seus colegas ligou para mim. – A cadeira não estava tão próxima, então Abel a puxou para perto

- Deve ter sido o Alberto. Ele foi o único de meus colegas que não foi em cana. Ele é de maior.

- Foi este mesmo. – Com a mão no braço de Davi, Abel dava um beliscão

- Ai pai. O que foi ? – Passando a mão onde o pai tinha beliscado, Davi olhava para o pai e para o delegado

- Nunca mais apronte outra dessas. – Um documento era colocado na mesa em frente a Abel para ele assinar

- Senhor Abel. Assine e estão liberados. –Tranquilo o delegado via que não ia se atrasar para o seu jantar de aniversário de casamento

Depois de assinado, Abel entregou o documento ao delegado. Não viu nada de mais em assinar um termo de responsabilidade. Já que ele não deixava o Davi solto. O que ocorreu neste dia, foi que Davi tinha descumprido o que sempre fazia, dormi na casa de colega da escola.

Dentro do carro do pai, Davi dava explicações e fazia a promessa que nunca mais o enganaria.

José Nilton R da S Palma
Enviado por José Nilton R da S Palma em 28/05/2021
Reeditado em 28/05/2021
Código do texto: T7266162
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