A solução de Malena
Malena, nos seus quinze anos, levava uma vida bem confortável. Tinha do bom e do melhor, cercada do carinho dos pais e das comodidades de não ter que se preocupar com finanças ou com a saúde.
A mãe, de rara beleza e firmeza, a concebera aos 15 anos de idade, e parecia hoje uma sua irmã, tão bela quanto. E fora uma aventura e tanto. Logo retificada por zelos e cuidados com aquele precioso rebento. Que por vezes soavam extremados. Como com o rendimento escolar que naquele nono ano letivo, justamente com o desabrochar da filhinha para Cupido, começara a ratear. Vertiginosamente.
E a mãe, ciente de seu papel, deu sua sinalização, e foi apertando nas cobranças à medida que o ano letivo corria. Viagens prometidas estavam ameaçadas, horários de estudo começaram a ser fiscalizados, assim como os de retorno à casa depois dos encontros dançantes. Que chegaram a ser suspensos.
Desesperada com o desfecho daquele ano, justamente o em que debutara, Malena, temerosa de que a mãe poderia explodir se viesse a receber uma reprovação de fim de ano, fez promessas, buscou opiniões abalizadas, rezou, meditou, viu vídeos da Monja Coen em busca de ajuda e finalmente achou a saída - ou entrada - salvadora:
Ficou grávida.