Alucinações de um sóbrio.
21fev2014.
Se ao fim destas insanidades, você vai estar me odiando. Então, por favor, não leia. Fuma um cigarro. Sei lá, olha a paisagem... Vai fazer amor...
Porque nada deprime mais do que pensar e meditar o nada que todos nós somos. A lama pútrida que nos tornamos.
Nas fotos antigas, todas àquelas pessoas nada mais eram que argilas finamente definidas. Todas!
Lembra àquela soprando à velinha... E àquelas outras; com, sem família, com aquele amor, na escola, no jardim e todas as pessoas queridas, amadas, sofridas. Festejando, amando. Esperançosas, sonhadoras. Sorrindo, amáveis, compenetradas, sisudas. Agora embaçadas, estáticas, no passado, encarceradas em outros momentos.
Multidões, desmanchando-se, mudas!
E o que mais agride e transtorna é esse contrato perpétuo do ser vivo que somente se consuma na morte. É ter a consciência animal da sumária existência lembrando que outrora todos foram abençoados com vida e na ignorância dos nossos atos desobedientes e mentirosos amaldiçoados com a morte. Buscando o nada pela eternidade inalcançável.
Quem alimenta as vaidades e contradições, quem são as raízes de outras maldições, senão o desejo, inveja, cobiça e ilusões, e o vil papel.
Vida, ledo engano quando nomeiam essa coisa viajem. E são tantos nomes para vida, para sonho, para destino. Para os carmas. As definições do depois; loucas e vãs deduções.
Lembra-te algo “Pó”, é tudo, que somos? Miragens!
Ainda um dia desses cada um de nós dependíamos de uma placenta e do conforto de um útero. Hoje vê no eu que nos transformamos!
Amanhã, acredite seremos apenas uma miragem...
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