Ô desgraça...
Ô desgraça...
Bem que eu te disse pra desconfiar quando ela disse não gostei do quadro, filhos, casamento descasado, longe pra dedéu... desespero foi é muito porque cada vez que ela se afastava, se esquivava, se fechava e me respondia com um seco sua amiga já sabia que outro romance tinha vindo de trem pegar o meu lugar no coração dela... pois é... não sei se era medusa que petrificou-me com um olhar, mas com certeza era a tal hidra de Lerna, aquela que cortando uma das cabeças nascia duas, pois então, a cada palavra desalinhada lá se iam tuas cabeças pelo chão e agora tens mais de mil e não consigo me desvencilhar da tua lembrança... ô desgraça... e houve um tempo tão glorioso em que nos falávamos todo dia, teus carinhos se faziam sentir e o mel escorrendo em cada palavrinha doce... aff... como você é má...
Fiquei assim pelo encantamento da medusa, foi... caíram todas as cabeças ao chão, restaram apenas cacos e meu coração se fez em pó... graças a Deus... foi tanto vai e volta que atualmente eu nem vou nem volto, legitimamente mandei todos a m... pra curtir com bastante empenho essa minha solidão... que que se vai fazer né... distância muita e a carne é fraca... a minha não, mas enfim... saudade é algo que sempre se pode ter e eu continuo com saudade do não visto, do não tocado, do proibido, enfim, de diadorim...