MUSA

A imagem da mulher amada parece onipresente. Ela espreita com seu olhar, ao mesmo tempo distraído, penetrante e inquisidor. Ela fita, com falsa timidez. Mas também atrai olhares.

Em que século teria vivido? Por que estava na parede de uma biblioteca particular e não em um museu? Teria algum título de nobreza?

A essência de sua alma, sua natureza, pairava na sala, pedindo, ou melhor, implorando que fosse ressuscitada, pois desencarnara sem conhecer o amor.

Vilma Dias (Velma)

02/setembro/2013

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