O aventureiro do sertão.
Sou um aventureiro imaginário diante de uma folha branca.
Ela atrai minha caligrafia solta, procurando meus pensamentos.
Não estou só, tenho a nítida impressão que ela deleita-se
Quando escrevo um parágrafo.
Pode até ser bobo, ingênuo, mas esse instante é único de prazer, feito a um azul celeste, com nuvens brancas, como à pintura de Claude Monet.
Eu o mencionei, porque adoro suas pinturas e as pinceladas mágicas.
A cada instante diante dessa folha que era branca, porém encontra-se
Totalmente preenchida de frases que falam comigo; me revigoro.
Se não me policiar, fico oras afinco a escrever, não sei o que...
Só os anjos podem dizer. Eles são os culpados.
A narrativa segue igual o fluxo de um riacho de águas límpidas dentro
De uma mata fechada, por vezes com um grito estardalhaço de uma arara azul.
É o que eu estou fazendo agora.Estava pensando sobre que escreveria, aliás, eu não penso muito, coloco a folha branca diante de mim e com a ponta da pena imprimo frases.
Passei através do sitie do Recanto a procura de um estímulo, talvez uma frase solta dentro de um poema ou de qualquer narrativa; às vezes encontro. Hoje não foi possível.
Ontem tinha acabado de fazer um rascunho de uma historinha e acima de cada frase ali escrita eu resolvi criar outras frases, mudei tudo, foi ótimo. O texto outrora rascunhado ficou resumido a nada.
Não quero ficar preso a nenhuma amarra literária.Estou super
Sóbrio, solto, feito a uma puma selvagem no alto de seu penhasco gélido.
Pairo com braços abertos, igual o Cristo Redentor olhando e abençoando a cidade, pena que as luzes dos holofotes estão me deixando um pouco tímido, arretado, precisando ouvir a
sanfona bem tocada do Mestre Sivuca.Tiau!!!