A CARONA

Ele vinha andando pela margem daquela estrada de terra seca e poeirenta, carregando um violão acomodado em seu estojo de couro. Andou durante boa parte do dia, desde a manhã, sob o sol, de encontro ao vento que a todo momento ameaçava levar embora seu chapéu preto de grosso feltro. De repente uma velha caminhonete passou por ele e parou um pouco mais adiante. Apesar do cansaço da longa e ininterrupta caminhada, ele correu em direção àquela velha caminhonete cuja pintura mal tratada denunciava seu longevo tempo de uso, colocou o estojo com o violão dentro da caçamba, abriu a porta e acomodou-se no largo banco, no lado do passageiro, cumprimentou e agradeceu o velho negro ao volante, que lhe retribuiu aos cumprimentos com um aceno de cabeça, seus olhos fixos na estrada, engatou a marcha e arrancou estrada afora.

Ambos não trocaram nenhuma palavra por um longo tempo, até que o velho lhe disse:

_ Você é músico, pois toque um pouco que eu quero ouvi-lo, meu rádio está quebrado.

E o carona respondeu:

_Mas eu deixei meu violão lá atrás, na caçamba da caminhonete e...

Mas o velho negro interrompeu-o:

_Não, ele está aí, do seu lado.

O músico olhou no espaço do banco a seu lado, sabia que não havia colocado o estojo ali, mas olhou assim mesmo e lá estava seu estojo de couro com o violão dentro. Virou-se para o motorista e não mais o viu, havia desaparecido, entretanto assim mesmo concluiu sua pergunta:

_Como é que o senhor conseguiu fazer isso?

E ouviu aquela conhecida voz lhe dizer:

_Não faça perguntas, apenas toque seu violão...

Assustado e com as mãos trêmulas, ele retirou o violão do estojo e começou a tocar um blues, tocando como nunca antes havia tocado. À medida que ia tocando não se sentia cansado, não queria parar mais de tocar. Percebeu que a paisagem lá fora ia mudando, quanto mais avançavam pela estrada as cores iam ficando mais vivas e brilhantes, parecia que a velha caminhonete viajava a uma velocidade impossível para um veículo tão velho e desgastado. Nem se importava e nem se assustava que o motorista fosse um velho negro agora invisível, estava num estado de felicidade plena e não queria que esse momento tivesse fim.

Aquele cantador que perambulava por toda a região, tocando seus blues dias e noites a fio, nunca mais foi visto, apenas seu corpo sem vida foi encontrado à beira da estrada alguns dias depois.

Ele era conhecido e querido por todas as pessoas dali. Deram o devido descanso para o seu corpo, ali mesmo onde morreu, colocaram uma lápide de pedra e uma cruz de madeira com seu nome escrito, mas, seu violão nunca foi encontrado.

Os viageiros andarilhos que passam por aquela estrada dizem ouvir lindas canções de blues nas belas noites de luar ou mesmo durante o dia, sob o sol, quando já estão exaustos da caminhada e que quando dão seus passos no ritmo das canções, parece que todo cansaço desaparece assim como seus medos e angústias. Outros dizem que já viram muitas vezes uma caminhonete passar por ali e desaparecer no horizonte, com um velho negro ao volante e um cara tocando violão no banco do carona. Há muitas lendas e estórias a esse respeito, mas todos são unânimes em dizer que aquele tocador de violão agora toca ao lado de DEUS.

Roberto Carlos Braz do Nascimento

(ROBERTO BRAZA)

15/04/2012

02:19 hs

THE LIFT

He was walking along the edge of that road dry and dusty land, carrying a guitar seated on his leather case. He walked for most of the day, from morning, under the sun, against the wind that every moment threatened to take away his black hat of thick felt. Suddenly an old truck passed him and stopped a little further. Despite the fatigue of long and uninterrupted walk, he ran into that old pickup truck whose painting badly treated denounced his longevity time of use, put the case with the guitar inside the bucket, opened the door and sat on the wide seat, the side passenger, greeted and thanked the old black-driving, which returned the compliments with a nod, his eyes fixed on the road, shifted into gear and started down the road.

Both did not exchange a word for a long time, until the old man said:

_ Are you a musician, as a little touch I wanna hear it, my radio is broken.

And the ride said:

_But I left my guitar back there in the bed of the truck and ...

But the old black interrupted him:

_No, It's there by your side.

The musician looked in the space of the seat beside him, he knew he had not made the case there, but looked anyway and there was his leather case with the guitar inside. He turned to the driver and no longer saw him, had disappeared, but nonetheless concluded his question:

_How Did you managed to do this?

He heard the familiar voice tell him:

_No ask questions, just play his guitar ...

Frightened and trembling hands, he took the guitar case and started playing the blues, playing like never before touched. As it was playing did not feel tired, did not want to stop over to play. He realized that the landscape was changing out there, the more advanced along the road were getting the colors more vivid and bright, it seemed that the old truck was traveling at a speed impossible for a vehicle so old and worn. Nor cared, nor was frightened that the driver was an old black now invisible, was in a state of complete happiness and did not want this moment would end.

One singer who roamed throughout the region, playing his blues days and nights on end, was never seen, only his lifeless body was found by the roadside a few days later.

He was known and liked by everyone there. Given the proper rest for your body, right there where he died, placed a stone slab and a wooden cross with his name written, but his guitar was never found.

The wandering travelers who pass by that road say listen to beautiful blues songs in the beautiful moonlight nights or during the day under the sun, when they are already tired of walking and that when they give their steps to the songs, it seems that all fatigue disappears as well as their fears and anxieties. Others say they have seen many times a truck passing by and disappearing on the horizon, with an old black-driving and a guy playing guitar in the passenger seat. There are many legends and stories about it, but all are unanimous in saying that he now plays guitar player next to GOD.

Roberto Carlos Braz do Nascimento

(ROBERTO BRAZA)

15/04/2012

02:19 am

L'ASCENSEUR

Il marchait le long du bord de la route sèche et poussiéreuse Cette terre, portant une guitare assis sur son étui en cuir. Il marchait pour la plupart de la journée, du matin, sous le soleil, contre le vent à chaque instant que menacé de lui enlever son chapeau noir de feutre épais. Soudain, un vieux camion passa hin et arrêté un peu plus loin Haut. Malgré la fatigue de la marche longue et ininterrompue, il a couru dans cette vieille camionnette dont la peinture maltraité dénoncé sa longévité temps d'utilisation, mettre le cas avec la guitare à l'intérieur du seau, a ouvert la porte et s'assit sur le siège de large, du côté du passager , et a salué remercié le vieux noir-conduite, qui a retourné les compliments avec un hochement de tête, les yeux fixés sur la route, passent à la vitesse et a commencé sur la route.

Les deux n'ont pas échangé un mot pendant une longue période, jusqu'à le vieil homme a dit:

_ Vous êtes un musicien, comme une petite touche que je veux l'entendre, ma radio est cassée.

Et le tour a dit:

_Mas j'ai quitté ma guitare là-bas dans le lit du camion et ...

Mais le vieux noir interrompu hin:

_Sans, Il est là à vos côtés.

Le musicien a regardé dans l'espace de la place à côté de hin, il savait qu'il avait pas fait le cas ici, mais de toute façon regardé et il y avait son étui en cuir avec l'intérieur de guitare. Il se tourna vers le conducteur et ne voyait plus hin, avait disparu, mais a néanmoins conclu à sa question:

_Comment avez-vous réussi à ce que c'est?

Il entendit la voix familière dire hin:

_Sans posez des questions, juste jouer de la guitare ...

Effrayée et les mains tremblantes, il a pris le cas de la guitare et a commencé à jouer le blues, en jouant comme jamais auparavant touché. Le jeu était-il ne se sentait pas fatigué, ne veut pas s'arrêter plus à jouer. Il s'est rendu compte que le paysage changeait là-bas, le plus avancé le long de la route ont été trouvé les couleurs plus vives et lumineuses, qu'il semblait le vieux camion roulait à une vitesse impossible pour un véhicule de telle sorte. Vieux et usé Ni soigné, ni eu peur que le conducteur était un vieux noire invisible maintenant, était dans un état de bonheur complet et ne voulait pas de ce moment serait la fin.

Un chanteur qui parcouraient toute la région, en jouant ses jours de blues et des nuits, n'a jamais été vu, que son corps sans vie a été retrouvé par la route quelques jours plus tard.

Il était connu et aimé par tout le monde là-bas. Étant donné le reste bon pour votre corps, juste là où il est mort, a placé une dalle de pierre et une croix en bois avec son nom écrit, mais sa guitare n'a jamais été retrouvé.

Les voyageurs errants qui passent par dire que la route écouter des chansons de blues dans les belles nuits au clair de lune ou de beaux cours de la journée sous le soleil, quand ils ont déjà sont fatigués de marcher et que quand ils Leurs mesures pour donner des chansons, il semble que toute fatigue disparaît ainsi que leurs craintes et les angoisses. D'autres disent qu'ils ont vu de nombreuses fois d'un camion qui passe et disparaît à l'horizon, avec un vieux noir de conduite et un gars jouer de la guitare sur le siège passager. Il ya beaucoup de légendes et d'histoires à ce sujet, mais tous sont unanimes à dire qu'il joue désormais joueur de guitare à côté de DIEU.

Roberto Carlos Braz do Nascimento

(ROBERTO BRAZA)

15/04/2012

02:19 am

ROBERTO BRAZA
Enviado por ROBERTO BRAZA em 15/04/2012
Reeditado em 19/04/2012
Código do texto: T3613411
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