O LOUCO DAS CHAVES...
Jurim, desde pequeno, já demonstrava, segundo contam..
um comportamento possessivo e egoísta. Primeiro filho de um casal
equilibrado, filhos de famílias de destaque de Itaberaí.
Muito ciumento, casa-se aos vinte e dois anos com uma jovem menina, também primeira filha de um casal de Goiás.
A jovem esposa, perplexa fica, quando no terceiro dia do
casamento sem Lua de Mel, se encontrava na cozinha preparando o
jantar auxiliada pelo então cunhado Juv que morava com o casal em
Brasília. Jurim, ao deparar com a esposa e o irmão fritando uns lambaris
ficou amuado, se trancando no quarto, impedindo Rosário de entrar.
Sua mania em trancar pessoas, portas, janelas começou aí.
Quando contrariado, se torna violento e irônico, muitas vêzes
desequilibrando o ambiente. Envelheceu assim, causando tristeza por
forçar obediência a seus caprichos a qualquer custo. Por onde anda
carrega uma corrente cheia de chaves, que trata como jóias.
Consegue anular um diálogo, se fechando e fechando portas
quando não obedecido. Rugas precoces emolduram o rosto refletindo
o descaso com o próximo e o desleixo com a própria aparência.
Brigão, não conseguiu sucesso na vida financeira por sempre
reclamar pobreza para possíveis clientes. Rosário, percebendo que o
marido nunca a proveria, aos vinte e dois anos, começou a costurar
vestidinhos para crianças, e segue trabalhando até hoje, com uma
superação sem limites, porém orgulhosa em não depender do insano
companheiro, que usa as chaves como poder de contrõle, porém sem
conseguir trancar por mais tempo o coração de Rosário.
SANTOMÉ
OBS. Esse conto fará parte de uma Historia, que se chamará.O Calvário de Rosário.