[CONTO] - FÚRIA SELVAGEM - Capítulo 4 - GUERRA AOS SOMBRIOS.

CAPÍTULO 4 - GUERRA AOS SOMBRIOS.

Quinta-Feira, 21 de Fevereiro 22 h 48min.

- Uma dia índio... Nem as anciões vão te salvarr!

O russo vira asa costas, pisando duro.

Quando Yuri já está longe, Ângela se volta para seu amado.

- Sá... Tem certeza que a gente deve ficar de fora?

O rapaz de longos cabelos negros, pega o rosto de sua companheira entre as mãos frias.

Acaricia os cabelos ondulados.

- Angel... Isso é complicado... Tenho o pressentimento que alguma coisa vai dar errado... Tantos vampiros novos na cidade. Isso não é normal.

Ela assente com a cabeça. Confia cegamente em seu amor e senhor.

- Então a gente vai ficar parado? Só olhando? – quer saber a jovem.

Os olhos de Saturno brilham por um instante.

- Parados? Nada disso!

Ele a puxa pelo braço e os dois saem à cata de informações.

Dirigindo seu Pegeout negro, o russo disca um número conhecido por poucos.

- Alô? Ya! Sou eu. Como você imaginava, tua meio irrmã, Saturrna não querr participarr da combate! A covarrde!

Na cobertura do edifício mais alto da Paulista, Ivan, o Prússio, aperta o queixo bem barbeado.

- Hum. Já imaginava... Continue recrutando irmãos para a batalha. Vou lhe mandar a única arma que pode neutralizar o mais poderoso dos Lobisomens!

- Ya!

O russo desliga.

Dirige em alta velocidade cruzando os bairros da capital até chegar a Avenida Santo Amaro.

Estaciona entre os comércios decadentes e entra em um bar fuleiro.

Veste uma capa preta, quase como um imortal clássico, não fosse a comprida barba negra como a noite, contrastando com seu rosto branco como a cera.

Indiferente aos humanos que o encaram com estranheza, Yuri se dirige a um cara estranhamente pálido que toma uma dose de uísque.

- Milovich, querro que me prreste uma serrviça. – ordena ele severamente.

O homem, que na verdade é um vampiro como ele, mas Croata de nacionalidade, o olha com seus olhos de cores diferentes. Um azul e outro verde.

É um mercenário.

- Qual o pagamento? – pergunta avaliando os olhares de insatisfação dos freqüentadores em volta.

O filho da escuridão russo lhe transmite telepaticamente uma visão: Fogo e sangue cobrem o chão, assim como os corpos dos Lupinos.

Um mundo feito para os sob medida para os vampiros.

Milovich é tomado por uma emoção tão grande que até quebra o copo na mão. Nem uma gota de sangue escorre do profundo corte.

Seus olhos bicolores ficam marejados de lágrimas.

- Ó Mestre! Eu aceito a oferta!

Um paraibano não muito alto, mas forte como um touro, incomodado com a presença dos estranhos, aproxima-se dos imortais.

- Oxi séus comédia! Si vocéis num vão bebê, libera essa mesa! – ordena.

O croata se levanta, ultrajado. Yuri o detém com um olhar.

- Perrmita-me...

Levanta um dedo no ar e o abaixa. Um talho profundo aparece na maça lado direito do rosto do nordestino.

Ele grita de espanto e dor. O sangue escorre profusamente.

O russo move a mão sem parar, a cada vez que abaixa o dedo em riste, um corte sangrento aparece no dono do bar.

Alguns freqüentadores do boteco começam a se aproximar, ameaçadores. Outros, com medo, se afastam em direção a rua.

- Ninguém sai! Ninguém sai! – grita Milovich.

Um paulista imenso com uma camiseta falsificada do Palmeiras ri.

- Isso é o que nóis vamo vê! Seu magrela!

O Croata sorri com ironia e estrala os dedos ossudos.

Em um piscar de olhos move o braço com um fio finíssimo de titânio e o palmeirense é dividido ao meio. Os outros freqüentadores começam a gritar de pavor e tentam sair correndo.

Antes que alguém consiga por um pé na calçada, ele está na porta. Os olhos brilham com suas duas cores em dois tons de vermelho distintos.

Balança o dedo ossudo em uma negativa.

- Eu disse Nin-Guém-Sai!

A gritaria é intensa, tiros, facadas e socos desesperados. Logo todos os humanos, fora o dono do bar, estão mortos.

Seu sangue lava as paredes e o chão.

O paraibano é uma massa de carne desfiada e lágrimas.

-... As escrravas servirrão! – Yuri exclama, citando o Livro da Lei.

Deixa o dono do boteco vivo, para se lembrar dolorosamente desta noite, para o resto de sua curta vida humana.

Após se saciar com os pedaços sangrentos, o croata interpela seu senhor:

- Quais suas ordens, mestre?

O russo tira um dossiê de dentro do manto negro, passando para as mãos imundas de Milovich.

- Siga este humana toda noite. Querro me certificarr se ela é uma Lobisomem!

Assentindo com os olhos bicolores, o filho da noite some na escuridão. Através de um escravo humano que trabalha com Gregório, Milovich descobre o duplo assassinato.

Um mês depois, na véspera do feriado da Paixão, junto com seu mestre Yuri, rapta a humana.

Companheira do lobo. A moça acorda oito horas depois em um quarto de uma casa abandonada nos limites da cidade de São Paulo.

O dia se aproxima velozmente, mas o russo não se incomoda.

Fabiana chama pelo namorado.

- Qual seu rrelação com a Licantrropo?

Ela se assusta levantando do sofá puído.

- O que é isso? É um seqüestro?

Yuri traga o cigarro novamente na escuridão. Ao seu lado, Milovich cabeceia de sono.

- Você é amante da Lobisomem?

A linda moça negra se irrita, tateando em volta, agarra um pesado candelabro de ferro fundido.

- Que brincadeira idiota é essa? Liga a luz! APARECE!

Brande a peça de ferro.

O croata boceja e aperta o interruptor com uma expressão divertida no rosto.

Antes que sua mente possa registrar a visão da criatura pálida no outro lado da sala, Yuri se move.

Parado em frente à moça, seus olhos parecem duas brasas acesas, cravadas em seu rosto de marfim. Os dentes caninos completamente expostos.

Toma o candelabro, dobrando o metal rígido sem esforço algum.

- Os escrravas servirrão...

Agarra a negra pelos ombros, cravando-lhe os dentes na jugular.

21 de Março, 13h00min.

Gregório dorme um sono pesado. Sonha que passeia na floresta.

Seu sono é incomodado por batidas na porta. Batidas insistentes.

- Já vai! – grita.

Veste uma cueca boxer e cambaleia até o banheiro. As batidas continuam.

- Já vai porra! – reclama Gregório.

Abre a porta do apartamento, querendo estrangular um.

Quando vê quem é, quase cai na gargalhada. Jonathan, o puxa-saco mor do escritório em versão “Emo”.

- Que que cê quer cara? Tá me trazendo serviço em casa agora?

- Nós estamos com ela.

Gregório não entende nada. Contorce o rosto em uma careta.

- Meu não tô com gracinha hoje! Tô morrendo de dor de cabeça!

Empurra o chato do escritório para fora e bate a porta na cara dele. As batidas na porta recomeçam.

O moreno engole dois Engov de uma só vez e veste uma roupa, logo se irrita e corre para a entrada.

Abre a porta com violência.

- Quié PORRA?

- Nós estamos com ela. Fabiana.

Greg sente o sangue congelar.

- Há tempos temos desconfiado de que você não é totalmente humano. Ontem, tivemos a prova definitiva. Os outros me mandaram lhe transmitir um recado...

Gregório, um tanto assustado, começa a ficar angustiado.

- Os outros quem? Os “Emos”?

O cara de fuinha fica com o rosto muito vermelho. Talvez de raiva, talvez de vergonha. Muito provavelmente os dois.

- Eu não sou EMO! Forma meus mestres! Os VAMPIROS!

O espanto do rapaz moreno, logo se transforma em gargalhadas.

- Vampiros? Háháháháhá! Que ridículo!

Jonathan continua impassível. Arregaça a manga longa da camiseta de strech.

O lado de dentro de seu antebraço é coberto de furos. Furos muito grandes para terem sido feitos por agulhas.

- Que merda... – é a única coisa que Gregório consegue falar.

- Para alguém que se tornou um lobisomem na noite de ontem, você é muito cético quanto aos vampiros. Repito: nós estamos com a Fabiana e...

Os olhos de Gregório brilham amarelos.

Em um instante sua mão agarra o Emo, pelo pescoço.

- Seu lixo! Puxa-saco do gerente! Puxa-saco de vampiro! Me dê um motivo para não te matar agora mesmo!

- Agh! Vo-Você não pode... Ack... Me sufocando! A garota! Eles vão matá-la! Me-Meu Mestre, Yuri, quer que você o encontre na entrada da Catedral da Sé à meia noite!

Com um mínimo de esforço, o natural o atira contra a parede do outro lado da sala do apartamento de oitenta e cinco metros quadrados.

O escravo dos imortais bate de costas no rack de mogno maciço, derrubando a TV de vinte e nove polegadas. De alguma maneira o aparelho eletrônico liga na queda.

- AAAAIIII! Não me bate! Só vim te dar o recado! – implora ele.

Mas Gregório já ataca novamente.

Acerta um murro que lhe arranca dois dentes da boca.

- Onde está a Fabi? – urra o moreno.

- EU-NÃO-SEI!

Jonathan berra desesperado. Parece consciente de que ainda é um mortal.

- Aaaaahh!

Mais um murro. Mais dentes voam.

Sua boca delicada se enche de sangue, o rímel escorre de seus olhos junto com lágrimas de dor.

- ONDE ESTÁ ELA!

- AGH! Elesf fão me fransformar em um foderofo fampiro! Aí eu fou matarf focê! – ameaça o fuinha sem metade dos dentes.

Os olhos de Gregório ficam completamente vermelhos.

Se fosse noite já teria se transformado em uma criatura monstruosa.

Como se não pesasse nada, levanta a TV que ainda está ligada na MTV. Está passando um clipe da banda FRESNO.

- Ai Deusf! – murmura o Emo vendo seu ídolo se aproximar em alta velocidade.

O corpo de Jonathan estremece ao ter a cabeça esmagada.

Passada a fúria, o moreno volta ao normal.

- Puta que pariu!

Cai sentado com as mãos na cabeça. Lembra-se neste momento do único que pode ajudá-lo.

Lucas.

Sai desvairado do apartamento, corre até a Avenida Paulista descalço.

Sua calça se rasga diversas vezes quando cai de joelhos no caminho. A camisa branca, rasgada pelo Emo e suja de sangue.

Chegando às portas da casa noturna, encontra-a fechada. Põe-se de quatro, farejando o ar.

As pessoas se afastam do aparente louco que se comporta como um bicho.

Logo Gregório pega os rastros do empresário e corre pelas ruas meio encurvado, chegando a correr de quatro em alguns momentos.

Chega a uma bela casa no Pacaembu e com agilidade impressionante escala o muro de quatro metros coberto de hera.

Pelas câmeras de segurança, o homem grisalho vê o futuro rei dos lobisomens invadir sua casa.

Farejando os rastros do empresário no belo lugar, Gregório atravessa vários cômodos, passa por um quarto onde três belas modelos dormem nuas em uma cama imensa.

Logo o moreno sai para uma imensa área de lazer ao ar livre nos fundos do imóvel. Passa por uma piscina e entra em uma edícula.

Lucas o espera atrás dos monitores. Seu laptop está conectado ao site da bolsa de valores de São Paulo, onde ele aplica regularmente seu dinheiro.

Vendo Gregório frente a frente, abre um amplo sorriso.

- A que devo a honra da visita, meu senhor “Natural”?

Com um gesto, o rapaz pede um instante para se recompor, toma fôlego e finalmente esclarece sua presença.

- Os vampiros... Eles me ameaçaram!

A expressão de Lucas muda. Primeiro fica perplexo e logo seu rosto amável se contorce de fúria.

- Malditos Noturnos! Isso é guerra!

Com um soco o empresário destrói o laptop.

- Querem que eu os encontre hoje a meia noite na Sé...

- Vamos destruí-los! Erradicar essa espécie maldita do planeta!

Gregório se anima com a reação do homem grisalho.

- Eles estão com a mulher que eu amo! Temos que resgatá-la!

O empresário fica espantado. Não imaginava que fosse este o motivo da ameaça.

Vendo a maneira como ele esfria Greg tenta explicar-se sem sucesso.

- Eles estão com a Fabiana! Minha... Sei lá! Minha mina!

O empresário agora está indiferente e tenta fazer o “Natural” desistir.

- Gregório. Veja bem, você terá um mar de fêmeas de agora em diante. Isso não é motivo suficiente para declarar guerra aos vampiros...

O moreno bate com força, rachando o tampo da mesa.

- EU NÃO QUERO NENHUMA DELAS!

Vendo que não terá ajuda do homem a sua frente, vira-lhe as costas e bate a porta ao sair.

Imediatamente, o empresário pega seu celular. Disca rapidamente o numero que lhe é familiar.

- Felipo. As coisas se complicaram! Passe um recado a todos os membros da tribo...

Do outro lado da linha, o rapaz de aspecto macilento começa a tremer ao ouvir as ordens.

Todos os lupinos devem se encontrar na Catedral da sé à meia-noite.

Devem apoiar o Lobisomem supremo na batalha contra os malditos sugadores.

Acreditando-se abandonado, Gregório volta ao ponto onde perdera sua amada na noite anterior. Fareja o rastro de Fabiana, do criminoso morto e outros dois não-humanos.

O odor peculiar dos vampiros.

Um cheiro novo, mas que ele já aprendera a odiar.

Percorre um longo caminho até Santana do Parnaíba, apenas para exausto, descobrir no fim da Estrada de Pirapora, que os rastros de sua amada somem no vazio desolado do lugar.

Volta resoluto para o centro de São Paulo e vai encontrando mais de sua espécie a cada quilômetro de terreno que avança.

São onze horas da noite quando encontra Lucas, Estela e Felipo. Na altura da Avenida Paulista.

- Gregório. Estamos ao seu lado para o que der e vier! – vibra a Lupina.

O empresário está sombrio, pois sabe o que está por vir e Felipo, trêmulo.

Uma centena de licantropos cerca a praça vazia, mas apenas Greg avança.

Nenhuma das duas raças malditas sabe, mas no topo de cada edifício há um agente humano, coberto com uma manta reflexiva, esperando a ordem de ataque de seu líder, Jürgen, o caçador.

Uma figura sinistra surge no topo da catedral.

Sozinho sobre a luz da lua cheia, Gregório ordena que Yuri largue Fabiana. O russo não parece se incomodar.

Com um urro imenso, Gregório convoca os outros lobisomens. Eles vêm de todos os lados, tomando a praça de assalto. Feras de todas as cores e tamanhos, sedentas de sangue vampiro.

Yuri faz um gesto e de cada janela, de cada prédio, aparece um imortal.

Os olhos dos vampiros brilham avermelhados, ansiosos pelo combate.

Detrás dele, o Croata aparece com a bela negra. Ligada a suas veias, uma bolsa de sangue. O sangue dos amaldiçoados.

Finalmente o russo toma a palavra:

- Me banqueteei na sangue de tua companheirra e devolvendo com minha próprria sangue, a tornarrei uma Noturrna! A não serr...

Furioso e aflito ao mesmo tempo, o jovem moreno o apressa:

- A não ser o que seu maldito? O que vocês querem para soltá-la?

Yuri sorri. Alisa por um momento o cavanhaque cheio.

Aponta para Milovich. Os olhos azuis e verdes do Croata brilham de antecipação.

Ele mostra aos lupinos o botão que impede o sangue de penetrar nas veias de Fabiana.

- Querro que todas vocês animais imundas abandonem as cidades! Mudem-se parra a florresta! Parra semprre!

Os lobisomens rosnam abaixo, mas a palavra de Gregório será Lei.

A trezentos metros do local, Jürgen está sobre o Edifício Altino Arantes, o prédio do Banespa.

Sem áudio, não pode entender a negociação, pois o cavanhaque cheio de Yuri impede que possa ler seus lábios e o rapaz esfarrapado está de costas.

Vê a humana indefesa.

Mira o fuzil, calcula a intensidade do vento e atira.

Noturnos e Feras. Todos olham na direção do disparo.

A bala é mais rápida e em alguns instantes acerta o alvo. Talvez o vampiro Croata tivesse se desviado se não estivesse tão excitado em ser um dos centros da atenção.

Explodindo com o impacto, a cabeça de Milovich se espalha.

O corpo convulsiona e logo cai, soltando o botão! O sangue penetra nas veias da humana.

- NÃO! – gritam três vozes em uníssono.

Yuri, vendo seu trunfo ir embora. Greg, atingido pela perda iminente de seu amor e Jürgen, que com o retorno do áudio se dá conta de seu erro.

O rosto de Gregório se contorce em uma máscara de fúria. De um salto, para sobre a igreja, monstruoso.

Os licantropos começam a escalar a Catedral da sé enquanto os prédios em volta despejam vampiros.

Os Noturnos saltam armados de lâminas de prata.

Yuri crava suas garras no peito do “Natural”, mas com uma patada, o russo atravessa a Praça João Dias, invadindo o segundo andar do Sebo do Messias.

- Fabi... – grunhe baixinho o lobo.

Sente o cheiro do sangue vampiro e perde o controle, mordendo-a no braço. A moça está desacordada e apenas estremece com o novo ferimento.

Lucas chega ao lado de Gregório e o puxa com força.

- Não deveria tê-la mordido! O que pode vir dessa mistura?

Logo o jovem moreno cai em si e volta forma humana.

- Meu Deus! Eu a condenei! Felipo! Leve-a para longue daqui!

O lobo magro de pelo cinzento a pega em suas garras e com um salto espetacular alcança o chão, correndo pelas ruas do Centro Velho.

Dezenas de vampiros o perseguem.

- Vou ajudá-lo! – gruta Lucas.

- Não! - ordena Gregório apontando para o prédio do Banespa – lá no alto está o homem que condenou minha amada! Mate-o!

O lobisomem branco não retruca. Salta da Catedral da Sé já transformado em fera.

A horda de vampiros o ataca e cada vez que ele move as patas brancas, os imortais caem estraçalhados.

Pouco a pouco o empresário abre espaço entre os mortos-vivos e corre em direção ao Banespa.

Gregório vira para o outro lado da praça e vê o russo encarando-o de dentro de um prédio.

-Maldito! – urra o Licantropo.

Salta no ar, e Yuri o encontra no meio do caminho. Os dois caem de dezoito metros de altura, trocando violentos golpes.

Mesmo sendo um imortal poderoso, com cerca de oitocentos anos, o russo não tem certeza de que pode vencer o “natural”.

O chão treme com o impacto da queda.

Do alto do prédio, Jürgen ordena que os duzentos agentes abram fogo contra as criaturas em combate na praça. Logo centenas de vampiros e lobisomens são abatidos, mas não demora muito, os imortais e o lupinos passam a atacar os recrutas.

Em quinze minutos, eles são descobertos e massacrados.

Ivan, confortavelmente instalado em uma poltrona, beberica um cálice de sangue frio enquanto assiste nos vinte e oito monitores, as imagens capturadas pelas câmeras especiais estrategicamente espalhadas na Praça da Sé e cercanias.

O Prússio admira o espetáculo sangrento e bebe mais um gole de sangue enquanto pensa:

- Será que meu odiado meio-irmão, Saturno, entrou na batalha?

Continua...

FIM DO CAPÍTULO 4

Humberto Lima
Enviado por Humberto Lima em 18/05/2008
Código do texto: T995107
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