O mesmo "Amigo"

Pensei que tinha um amigo, eu havia criado um cão, algo tão incrédulo e tão incoerente. Pedro não era mais o mesmo havia tempos, sempre grosso e ignorante, tratava as pessoas como bichos, não ligava mais pra nada ou ninguém.

Quando dei por mim fagulhas de sangue saíram de meu peito, era incrível a facilidade que me atingiu, estavam queimando, Pedro ria, são olhos estão brilhando como estrelas alvas.

Senti meu corpo cambalear, e logo depois mais fagulhas agora saltavam de meus braços, Pedro ria histericamente. Meu corpo ardia em fogo, Pedro saltava no mesmo lugar com gritos de entusiasmo.

Novamente fagulhas de sangue, agora soltavam de minhas pernas, meus joelhos não suportaram e se dobraram, meu celebro latejava assim como a dor em minhas panturrilhas.

Mais de que nunca Pedro se deliciava com a minha destruição. Como poderia ele que era meu melhor amigo, a pessoa em que mais confiava no mundo, ria do meu calvário.

Eu estava perdendo a consciência, que encontrava em posição fetal, me contorcendo de dor no chão, enquanto Pedro sorria.

Ouve um estralo, meus pulsos se ensangüentaram, Pedro estava curvado, ao levantar sua cabeça seu olhar mudou, agora quem estava presente era o Pedro meu amigo, aquele com quem passei os melhores momentos de minha vida e em quem eu confiava plenamente, com certeza ela estava possuído por algo incompreensivo.

Meio fraco, e com o rosto pálido Pedro se aproximou de mim, que agora me encontrava contorcida no chão e com os pulsos sagrando. Ele se curvou e me deitou e seu colo, eu não senti mais meu corpo, apenas dor. Olhei para seu rosto e percebi que chorava, um choro calado, tremia quando falou:

- Me perdoe Luiza, eu não queria que fosse assim, foi mais forte do que eu, um força inexplicável, sinto muito, sentirei sua falta por toda minha vida.

Antes de ele terminar de falar, vi que ele tinha um punhal em mãos, apontado para mim, antes de eu poder tomar fôlego para falar. Pedro enterrou o punhal em meu peito, e assim perdi a consciência plenamente e morri, com as lagrimas de meu melhor amigo caindo em meu corpo ensangüentado.

Paula Rodrigues (Coka)
Enviado por Paula Rodrigues (Coka) em 12/04/2008
Reeditado em 13/04/2008
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