O MAL NUNCA MORRE 💀
O aroma pútrido de traça,
Que o odor incólume enterra,
Ao uivar do cão que caça
No cheiro podre desta Terra!
O vento que tempestade atiça,
A presença como retórica,
Da carne purulenta da carniça
Sinto a presença diabólica
O barulho da água nas roscas,
As vozes que ouço nestes dialetos,
Sobrevoam como tais moscas,
Nesta carne já eclodem os insetos!
Tudo adiante é a escuridão,
Ganidos se tornam bem cortantes
Do inferno seria esse portão
Ainda ouço as queixas distantes!
Sob as trevas da floresta vasta,
Escuto o murmúrio duma cantoria,
Surgindo do inferno essa casta
Sons mórbidos em insana sinfonia
Sim, são pesadelos famigerados
Daqueles que morto assim vagueiam
Sem serem ouvidos e escutados
Por isso, ainda tanto eles esperneiam