Mulher à noite
O mesmo caminho. O mesmo ambiente de sempre - as mesmas casas, a mesma rua etc. Só o que mudava era o tempo. De manhã: movimento, conversas, crianças... Apesar de tudo, sentia-se segura.
O problema era quando chegava a noite.
Voltava da faculdade - turno noturno, pela manhã tinha que trabalhar para se sustentar - no escuro além do horário: postes (ou a falta deles) propiciavam isso.
Em alerta. Cada passo, uma oração. O medo eterno...
Só podia respirar aliviada ao chegar em casa. Mesmo assim, pensava não ser tudo uma ilusão para se livrar da realidade traumática.
Todo dia o ciclo se renovava...