Teresa e o feminicídio
Teresa corria pela mata, fugindo de André, seu marido, agora, seu perseguidor. O homem, de porte, alto, ia atrás de sua esposa com ódio, queria matá-la, se vingar. A jovem, bela, delicada, encantadora, fugia, com pavor da ira de André.
Toda essa situação começou quando André, um médico de renome, ao voltar para casa em seu carro, viu sua mulher saindo do prédio onde fica um escritório de advocacia de Lucas, ex-noivo de Teresa. Tomado por ciúme, seguiu a moça até que ela chegasse num lugar deserto e colocá-la no automóvel, à força.
Gritava com ela, indagando a razão dela ter ido à procura de Lucas, e por mais que ela dissesse que não tinha ido vê-lo André não lhe escutava, apenas xingava mais ainda, batia os vidros e em partes de seu carro, indo, em alta velocidade, para um lugar que Teresa não conhecia.
Acabaram chegando numa reserva ecológica, distante, André, tomado de ódio, ao parar o carro, tentou ir para os bancos de trás, para agredir a esposa, mas ela era esperta, antes que ele pudesse alcançá-la conseguiu uma forma de abrir a porta e saiu, sendo, logo após, seguida pelo seu marido.
Teresa tanto corria, acabou se cansando, não era acostumada com tamanho esforço. Exausta, não viu uma pedra que havia lá, no meio da trilha que seguia, ela dava para o fim da reserva, acabou caindo. André alcançou-a.
Entre gritos e socos desferidos àquela bela mulher, André, em frenesi, fora de si por completo, arrastou-a em meio as árvores. Lá ele fez coisas terríveis, hediondas, Teresa apenas chorava e suplicava piedade, alguém que ajudasse-a, mas ninguém ouvia, ou até mesmo fingiram não ouvir...
Lá ela morreu, seu corpo foi levado pelo marido para um lugar escondido. Passaram dias, semanas, a falta de Teresa, querida por muitos, já era preocupante. A polícia procurava por todos os locais a mulher, apenas dias depois encontraram os restos mortais dela.
Graças as investigações, gravações de câmeras - as da rua do edifício onde Lucas trabalha, onde ela foi vista pela última vez -, conseguiram encontrar o culpado: André. Este foi preso, não passou muitos anos, um bom advogado, pois tinha posses, o livrou do pior.
E fica na memória dos amigos, parentes, a imagem de Teresa, jovem, bela, gentil, que foi morta por ciúmes do marido, este que nem ao menos deixou ouvir as explicações da esposa...