MARIA DE NINGUÉM (terror/cunho sexual)


Desenho de sobrancelha Vetores de Stock, Ilustrações Vetoriais ...
 
'Maria gostava do sórdido, cruel e nocivo. Uma deusa branca de olhar inescrutável, mulher  jovem de beleza incomum e desejos inomináveis'
 

 
Sua vítimas dificilmente sobreviviam ao coito, uma fêmea/zangão em toda sua propriedade, coitados dos que se avizinhavam dela no auge da ânsia dos seus mórbidos desejos.



Cláudio foi uma de suas primeiras vítimas, meio roceiro, inocente às malícias das cidades grandes. Numa de suas visitas comerciais a cidade, conheceu Maria em um bar e se encantou com ar jovial, com seu olhar devastador que parecia querer comê-lo vivo e uma doçura nas palavras, enredá-lo em suas manhas matutinas foi um segundo, seviciá-lo num hotel torpe de beco foi tão fácil que Maria nem sentiu o prazer esperado. Abandonou-o com a garganta cortada no chão do quarto e largando algumas notas que roubara do camarada no balcão do hotel, dizendo.
- Isto dá para se livrar do lixo que eu deixei.

Dizendo isso foi à caça, suas partes ardiam e a mente ainda não se satisfizera por aquele dia, sua primeira caça se deu quando ela ainda tinha dezoito tenros anos e já haviam se passado uns seis anos.

Perambulando pelas vielas da cidade vespertina, Maria transpirava de ânsia, sua boca pedia beijo, carne e dor, se coçando inteira foi até a praça central e pulou na fonte, deixando os passantes com ar de riso nas faces.

Saiu calmamente enveredando pelos becos e vielas, a tarde se instalava e ela estava enlouquecendo de febre. Resolveu andar mais um pouco, estava quente e as roupas secariam rapidamente, depois disso entrou num bilhar e se misturando com os homens esquisitos que por ali estavam, avistou um tipo atlético que lhe aguçou os sentidos, não parecia muito inteligente apesar da aparência, era meio tosco, mas, daria para o gasto, o dia não havia sido muito promissor para o afã dos seus ímpetos, ia ser ele mesmo. O pobre foi abordado com  luxúria e se sentindo um galã da novela das nove, abriu a guarda e foi seu maior erro. Ele estava ganhando as apostas na sinuca e ela languidamente o incentivava, afinal o hotel era um moquifo,  mas, não era de graça e ela precisava se deliciar e também faturar algum.

Enchendo o copo dele constantemente e se serpenteando em seu corpo, o que já fazia inveja aos outros no bilhar ela adoçava a sua mais nova presa. Ele estava se sentido desejado tratou logo de finalizar a partida, indo com bela para onde ela quisesse lhe levar. Francisco já estava meio bêbado, mas, o tenente entre suas coxas já batia continência. Chegando ao mesmo hotel poeirento Maria o despiu e pediu que Francisco a tratasse com fúria, no que prontamente foi atendida, no auge do gozo ela enterrou uma adaga entre os pulmões e assim teve um orgasmo espetacular. Deixando a sua vítima de bruços na cama infecta, embrulhado num lençol, tomou um banho rápido e da mesma forma, saqueou os pertences do camarada, deixando umas notas sobre o balcão da recepção e o cordão de ouro que ele usava, dizendo ao atendente com quem partilhava os seus despojos.
- Leandro, o lixo já está embrulhado, basta ensacar.

Seguiu rápido pelo beco atrás de comida, seu estômago queimava e ela ainda não se dava por satisfeita, mas, saco vazio não fica de pé.

Encontrou um boteco onde estava exposto o cardápio com os pratos do dia, Maria escolheu uma macarronada à bolonhesa, com bastante queijo ralado, fartou-se, tomou uma pinga dupla e mirou o ambiente saboreando um café requentado. Não é que o final de tarde, talvez fosse mais proveitoso do que o resto do dia. Numa mesa à direita dela, um rapaz bem vestido, mas, as roupas não eram novas, os sapatos pareciam gastos e inocentemente ele contava, meio que de lado, um maço de dinheiro que estava num envelope.

Maria pensou que ele deveria ser um office boy que parou para um lanche, antes de efetuar o depósito da empresa, que benção...ela já salivava e a comichão recomeçava.

Maria se aproximou graciosa, pediu uma informação qualquer sobre um hotelzinho, ele conhecia a rua, mas, avisou que o hotel não era bom para uma moça de família.
- Ela disse que seu irmão estava lá lhe esperando, estava tranquila, mas, apenas não gostaria de chegar sozinha, pois não ficava bem.

O rapaz de nome Antonio solícito se ofereceu para deixá-la diante do irmão, mas, que fossem logo, pois estava com hora para um serviço, ela aceitou e andaram rapidamente para o local. Ele entrou e levando Maria até a porta do quarto, ela o convidou para que pelo menos conhecesse o seu irmão, foi seu maior erro.

Dentro do quarto fétido, Maria o derrubou no chão, baixou suas calças e cavalgou-o até doer tapando com força sua boca, nos primeiros instantes Antonio se debatia, mas, depois rendido chegaram juntos ao orgasmo, só Maria apesar de ter gostado, torceu seu pescoço e não satisfeita em tê-lo matado e saqueá-lo, ainda abusou do seu corpo de forma mórbida, lambendo o moço até senti-lo presente na sua pele. Depois como de hábito, banhou-se e deixando uma boa soma sobre o balcão para o seu comparsa Leandro, disse.
- Desta vez o lixo está limpinho, dará menos trabalho e creio que as roupas dele cabem em você, divirta-se ‘querida’ é um moço bonito, no momento ainda não está frio, use e abuse e descarte  como sempre.

Saiu de lá e pegando uma condução para o subúrbio, caminhando depois do último ponto de ônibus por uns cinquenta metros, chegando à noitinha num boteco, pega algumas latas de cerveja, uma garrafa de pinga e pedindo um sanduiche de carne, paga e vai até um barraco de madeira pintado de amarelo, com uma porta e uma janela decoradas com folhas de revistas, se despe, toma um banho frio no chuveiro do  lado de fora, entra outra vez, se deita nua com uma lata de cerveja na mão e o sanduiche ao lado, enquanto conferia o espólio, amanhã seria um outro dia...



* Imagem - Fonte - Google
*pt.depositphotos.com

 
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 29/05/2020
Reeditado em 29/05/2020
Código do texto: T6961890
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