O retorno de Lucie

Olá, me chamo Lucie... E como todos, tenho uma família, e que está muito longe de ser perfeita. Sempre tivemos nossos autos e baixos, mas conseguíamos nos resolver.

Mas não vim falar sobre isso, nem de longe, e sim, de algo horrível que fizeram comigo. Caso estiver interessado em ouvir o que tenho para contar, peço que seja forte e tenha forças para ouvir isso. Eu pelo menos, não tive... Mas não quero que se lamente.

Como toda família, amávamos nos reunir aos finais de semana, sempre para fazer festinhas ou apenas um almoço, tudo para colocar o papo em dia, brincar e até mesmo compartilhar certas coisas entre nós. Eu sempre fui uma garota muito tranquila, e que não dava trabalho para meus pais.

Só que em uma dessas nossas reuniões, algo horrível aconteceu a mim, e quando digo horrível... Prefiro não lembrar disso, mas me deixe continuar a linha de raciocínio. Estávamos na casa de um dos meus tios favoritos, digo isso, porque cresci na casa dele praticamente, assim, junto de outros primos que tenho.

Enquanto todos se divertiam e bebiam até de mais, eu resolvi ir para o quarto de uma prima minha, assim, deitando um pouco, só queria ficar na minha e mexer em meu celular. Afinal, todos estavam bebendo e eu não bebo, nunca fui muito disso.

Mas nesse dia... Exatamente nesse dia, um dos meus tios apareceu no quarto, totalmente embriagado, olhou para mim, e com um sorriso totalmente malicioso para mim. Que estava deitada na cama, e não notei que estava ali, mas assim que o percebo, levo um pequeno susto.

- Ah, oi tio! O que está fazendo aqui?

Ele sorri mais uma vez, e então, faz questão de trancar a porta do quatro, que ficava ao fundo da casa, onde ninguém conseguia ouvir nada, principalmente com o som alto ligado no quintal da casa.

- Minha nossa, Lucie, como você cresceu, tá corpuda, hein?

Aquilo me deixou completamente envergonhada e sem jeito, afinal, não esperava algo como aquilo, vindo de um dos meus tios. O que era totalmente estranho e nojento da parte dele.

- Do que está falando, tio? Eu sou sua sobrinha! Exijo que me respeite! O que acha que tá fazendo?!

Ele solta uma gargalhada e vem se aproximando ainda mais e mais de mim, até que por fim, me agarra, sem mais nem menos. O que me deixou completamente apavorada.

- Me larga, seu porco imundo! O que acha que está fazendo?!

Meu tio olha bem para mim e tenta me beijar de forma forçada enquanto tirava a minha calça às pressas, e ainda assim, ele sorria de forma maliciosa para mim. Eu tentava me soltar, mas não conseguia de jeito algum, ele me segurava com toda a sua força.

- O que você vai ganhar fazendo isso comigo, seu porco??? Me diz!!

Nada disse, apenas o senti abrir o zíper de sua calça, assim, tirando seu membro para fora e por mim, colocando-o dentro de mim. Senti um enorme ardor em minha intimidade, justamente por ainda ser uma garota virgem.

- SEU FILHO DA PUTA!!!

Digo com uma enorme expressão de dor e com a voz completamente chorosa, afinal, estava sendo estuprada pelo meu próprio tio, que me viu crescer e que sempre cuidou de mim quando pequena.

- Você tá muito gostosinha, Lucie, não pude resistir a isso! Não me diga que não está gostando?

O maldito apenas gargalhava e gargalhava sem parar, e nada pude fazer, apenas aceitar que estava sendo estuprada por ele, que não teve dó e nem piedade. Ele só estava se divertindo comigo e matando sua vontade, com sua própria sobrinha.

Sei que tentei lutar contra ele por um longo tempo, até que ele finalmente se cansa e sai dali às pressas, sem demonstrar nenhum tipo de arrependimento do que havia feito. Eu apenas pude chorar e chorar, nada mais do que isso.

Eu estava acabada, humilhada, e não queria passar por isso outra vez, não mesmo. Só queria ir embora dali o quanto antes, e então, decido ir até o banheiro, onde lavei meu rosto e vi que minha intimidade ainda ardia muito.

- Velho maldito... Como pôde fazer isso com sua sobrinha...? Qual é o problema dele?

Fiquei um tempo dentro do banheiro, chorando e me culpando pelo o que acabara de acontecer comigo naquele quarto. Por fim, notaram o meu sumiço e foram atrás de mim.

Pude ouvir meus primos me chamando pela casa, mas não sabia se deveria responder, afinal, eu estava completamente acabada e destruída pelo o ocorrido de horas antes. Acabo por tomar coragem, lavo meu rosto e o enxugo por completo, saio do banheiro e vou até meus primos, que já estavam ficando preocupados com o meu sumiço.

Assim que voltei junto do resto da família, lá estava o meu tio, me olhando e com o mesmo sorriso malicioso de antes em seu rosto, o que me dava certo nojo dele. Tentei evitar olhar para ele, mas algum tempo depois, meus pais vão embora, e acabo indo com eles.

Vibrei de felicidade quando saímos de lá, porque até então, estava livre dele, pelo menos até o próximo final de semana, mas da próxima vez, eu estaria preparada para caso algo assim acontecesse novamente.

Fiquei a semana inteira remoendo isso em minha cabeça, ao ponto de querer me matar diversas vezes, mas sem coragem alguma, decido continuar minha vida, como se nada tivesse acontecido. E não, não contei aos meus pais, tive medo.

A todo o momento, me perguntei porque havia deixado aquilo acontecer, e tentando entender o motivo de meu tio ter feito tal ato, principalmente comigo, que era sua sobrinha favorita... Os dias foram se passando, e por puro azar, acabei sendo abusada por ele e por dois primos meus. O que foi completamente perturbador e humilhante para mim.

Como já estava cansada de toda aquela merda, decido tirar minha própria vida, assim, não passaria mais por esses abusos e ficaria livre deles. Demorei muito para tomar coragem, mas consegui.

Em uma certa noite, enquanto meus pais adormeciam, em me enforquei no banheiro de casa, já na manhã seguinte, meus pais me encontraram já sem vida, e sem ter muito o que fazer... Apenas fazer o velório.

Desde a minha morte, algo de estranho aconteceu, minha alma continuou vagando por aí, atrás de vingança e com o propósito de acabar com aqueles que acabaram comigo. Não sei explicar bem como isso é, mas é muito estranho... É como se eu ainda estivesse em meu corpo, mas não conseguia ficar no plano material.

Dias se passaram e vou atrás de meu tio, sim, aquele mesmo que abusou e de mim pela primeira vez. Fiz da vida dele um caos, como pude me divertir com o seu desespero. Era algo totalmente satisfatório e maravilhoso de se fazer.

Comecei com coisas simples, como, objetos pessoais sumindo dentro de casa, coisas caindo por todos os lados, pequenos picos de energia e frases horrendas por todos os cantos da casa. Percebi que ele já estava ficando completamente louco e desesperado com o que andava ocorrendo em sua casa.

Dia após dia, e eu simplesmente acabei com sua vida, mas precisava causar a sua morte, afinal, queria vê-lo sofrer e muito. Uma bela manhã, enquanto ele tomava seu banho, o faço escorregar no box, e assim, ele bate sua cabeça no chão e morre ali mesmo.

Ótimo, um já tinha ido, e confesso, foi algo completamente satisfatório para mim, por mais que eu já estivesse morta, eu estava contente com a sua morte naquele banheiro.

Assim que descobriram o corpo no banheiro, a família inteira ficou sentida com o ocorrido e não entenderam qual foi a causa da morte, porque foi totalmente inesperada e sem sentido algum.

Mais alguns dias se passaram e por fim, chegou a vez de me vingar de meus primos, os quais abusaram de mim também. Esperei o momento certo para mata-los.

Não teria dó, até porque, nem eles tiveram dó de mim quando me abusaram junto de meu tio... Eu só queria vingança, provavelmente era por isso que eu não havia ido embora totalmente daqui.

Eu precisava me vingar de dois primos e eram os que mais gostava, cresci junto deles, mas no final, me apunhalaram pelas costas e fizeram a maior merda de suas vidas... Mas tudo tem um preço a se pagar, e eles... Iriam pagar com suas vidas.

Certa noite, ambos estavam em casa, e um deles foi descer as escadas que davam para a sala, e como a grande travessa que havia me tornado, simplesmente cutuquei seu ombro e quando ele me viu, olhou assustado, perdendo o equilíbrio, assim, caindo da escada e quebrando seu pescoço na queda.

Seu irmão, ao ouvir o grande barulho, foi correr e ver o que havia acontecido, mas quando se deparou com ele já morto na escada, entrou em desespero, sem saber o que fazer naquele momento. Assim que ele desce as escadas, dou um breve empurrãozinho, fazendo com que ele perca o equilíbrio também, mas por sorte, ele apenas se machucou.

Ainda não satisfeita, decido aparecer para ele, assim, desço as escadas bem devagar, o que faz meu primo entrar em pânico e gritar por ajuda, mas para seu azar, não tinha ninguém em casa, além dele e seu irmão, que já estava morto ao seu lado.

- Olá, primo... Sentiu minha falta?

Ele nada respondeu, apenas ficou agonizando e chorando de pânico, justamente por estar naquela situação tão deplorável. Eu apenas gargalhei e gargalhei, assim, olhando direto em seus olhos.

Minha aparência também não era lá as melhores, eu estava pálida, olhos fundos e com a marca da corda em meu pescoço, afinal, havia me enforcado no banheiro de casa.

- Não se preocupe... Prometo que serei rápida, assim como fui com o meu irmão. Vocês não deveriam ter feito aquilo...

Como ele estava em estado de choque, não conseguia dizer uma palavra sequer, o que era engraçado, eu estava me divertindo com o seu desespero e pânico. O garoto enfim se levanta, e com muito cuidado, desce o resto das escadas, indo até a cozinha, onde pega uma faca.

- Não se aproxime... Eu, eu tenho uma faca!

O olhei por um tempo e apenas desapareci, assim, tomando conta de algumas coisas que estavam na cozinha, fazendo um completo show dos horrores ali. Ele apenas corre para debaixo da mesa, para tentar se esconder de mim, o que não adiantou de nada. Eu podia levantar aquilo como se fosse uma folha de papel.

- Se vocês não tivessem se metido naquilo... Talvez continuassem vivos, mas não. Quiseram abusar de mim... E eu, bom, só quero vingança!

Falava enquanto causava um enorme medo e desespero no garoto, e vê-lo naquele estado, era totalmente engraçado, mas sabia que minha vingança estava perto de ser concluída. O vejo correr mais uma vez, mas agora, voltava para o seu quarto, essa seria a minha chance de acabar com ele.

Assim que ele pisou seus pés na escada, apareci em sua frente, o que fez com que o garoto tropeçasse e caísse em cima da faca, assim, morrendo no mesmo instante. Com isso, minha vingança estava completa, e talvez assim, eu pudesse viver em paz.

Mas me enganei, dias, semanas, meses, anos se passaram e eu continuo preso nesse plano material... Ou seja, eu posso estar aí, sim, em sua casa, te observando e prestes a brincar com você.

De sua amiga, Lucie.

B Folk
Enviado por B Folk em 24/05/2020
Código do texto: T6956914
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