A densa floresta!
A cada centímetro a mais penetrado
As copas das arvores vão se entrelaçando
Afugentando a luz que outrora dominava o lugar
Tornando a caminhada mais tortuosa e deserta
Banhada em sombras e penumbras funestas
Meus pés caminham pelas incertezas
O terreno é irregular e instável
Ora seco e reconfortante
Ora gelado e cortante
A débil luminosidade da grande floresta me impossibilita prever
As artimanhas e armadilhas que hão de aparecer
Miro o relógio mas os ponteiros estão mortos
Posso estar a andar em círculos num looping maléfico?
Os caules que poderiam me proporcionar certa orientação
Agora são apenas silhuetas na escuridão
Não ouço pássaros a sonorizar e nem bichos a marchar
Sem folhas a crepitar ou galhos a quebrar
Estaria eu sozinho nesse lugar?
Enquanto minhas células tiverem glicose para queimar
continuarei perambulando
Tentando encontrar a saída.......