A caverna

O casal entrou na caverna e não pode conter a admiração. O salão principal era um show de luzes e cores como nunca tinham visto. Imersos naquele mundo de belezas nem se deram conta por onde caminhavam ou por quanto tempo.

Durante a caminhada de volta, ele acendeu um baseado para homenagear esse presente que receberam da natureza.

Chegando ao salão principal, sentaram-se à beira da reluzente lagoa e, após uma baforada, ela disse:

“Cara, a energia aqui é muito forte, me deu vontade transar”.

Ele, de imediato, concordou:

“Pois é! Vai ser a maior viagem!”

Na meia hora seguinte se entregaram ao prazer sem pensar em mais nada fora dali.

Ofegantes, deitados lado a lado, em silêncio, pegaram no sono.

Acordou com os safanões dela.

“Vamos, cara, tá tarde, temos que chegar na pousada antes de escurecer!.

Aos trancos se vestiram e partiram pela chapada rumo à pousada.

Na manhã seguinte, mais uma vez, foi despertado à base do tapa. Sua namorada estava descontrolada, gritando algo que não conseguia entender por causa da sonolência. Quando conseguiu firmar sua atenção ficou assustado. Ela apontava para a barriga que estava enorme. Agora, desperto, tentou entender que doença seria? Nunca tinha visto nada parecido. Seria mortal?

Rapidamente, a carregou para o jipe e rumaram para a cidade.

Na porta da Santa Casa a bolsa estourou e ela gritava de dor.

Prontamente, foi levada para a sala de parto onde deu à luz a um belo e saudável menino.

A criança foi batizada em um ritual indígena nas margens da lagoa onde fora concebida e recebeu o nome de Rudá , o deus do amor na mitologia tupi-guarani.

Hoje, vinte e cinco anos depois, Rudá é conhecido em todo o mundo. Suas centenas de invenções colocaram o Brasil como o maior exportador de tecnologia e, tudo isso, sem nunca ter frequentado nenhuma instituição de ensino formal.