O ATAQUE DAS FERAS FAMINTAS
Alvoroço, angústia, amargura assolavam aquele assentamento
Ao anoitecer avistaram aquele animal aterrorizante adentrando
Audazmente aterrorizando a abocanhados abundantes
Braços, bustos, barrigas
Bizarro, barulhento, bravio
Brutalidade brilhantemente brotava
Ciprião, coitado Celestina carregava
Corriam, caíam, choravam
Corpos caminhantes com covas cavadas
Corações condenados com caninos cravados
Cantorias catastróficas calmamente calavam
Dias de desordem deflagravam-se
Discípulos descrentes dizeres duvidosos dispersavam
Deus, deidade distraída
Da dizimação decorrida dissimulava
Epitáfios eminentes
Eloquentemente exclamariam exagerados elogios
Famílias feridas faziam fuzuê
Facões ferozes foram finalizar feras famintas
Homens homicidas
Heróis homenageados
Ira, indiferença, indignação
Inacreditável! Impossível!
Inutilmente inocência
Jonas jurava
Jovens jaziam
Judas! Justiça já!
Jorravam
lágrimas
Lobisomem louco, lobo lunático
Linchem logo!
Matem!
Monstro miserável!
Misericódia, misericódia!
Não, não!
Naquela noite nublada nutria
o ódio.
Omar olhava ociososamente
Ouvira outro?
Pressagiavam perigo
Passos perambulavam próximos
Quando Quinca
quase que querendo
rosnar, rasgou rostos raros
Regando
sutilmente solos sangrentos
Súplicas sem sentido soaram
sem sobrar
testemunhas
Todos terrivelmente triturados, talhados, trucidados.
Triste, tenebroso, trágico
Uivos, unhas
Vixe! Voltaram
Vizinhas viúvas viam vultos vagantes
Viraram vítimas
Vísceras visíveis
Visão vertiginosa
Xeque-mate
Zefa, Zenaide, Zuleide
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