O ATAQUE DAS FERAS FAMINTAS

Alvoroço, angústia, amargura assolavam aquele assentamento

Ao anoitecer avistaram aquele animal aterrorizante adentrando

Audazmente aterrorizando a abocanhados abundantes

Braços, bustos, barrigas

Bizarro, barulhento, bravio

Brutalidade brilhantemente brotava

Ciprião, coitado Celestina carregava

Corriam, caíam, choravam

Corpos caminhantes com covas cavadas

Corações condenados com caninos cravados

Cantorias catastróficas calmamente calavam

Dias de desordem deflagravam-se

Discípulos descrentes dizeres duvidosos dispersavam

Deus, deidade distraída

Da dizimação decorrida dissimulava

Epitáfios eminentes

Eloquentemente exclamariam exagerados elogios

Famílias feridas faziam fuzuê

Facões ferozes foram finalizar feras famintas

Homens homicidas

Heróis homenageados

Ira, indiferença, indignação

Inacreditável! Impossível!

Inutilmente inocência

Jonas jurava

Jovens jaziam

Judas! Justiça já!

Jorravam

lágrimas

Lobisomem louco, lobo lunático

Linchem logo!

Matem!

Monstro miserável!

Misericódia, misericódia!

Não, não!

Naquela noite nublada nutria

o ódio.

Omar olhava ociososamente

Ouvira outro?

Pressagiavam perigo

Passos perambulavam próximos

Quando Quinca

quase que querendo

rosnar, rasgou rostos raros

Regando

sutilmente solos sangrentos

Súplicas sem sentido soaram

sem sobrar

testemunhas

Todos terrivelmente triturados, talhados, trucidados.

Triste, tenebroso, trágico

Uivos, unhas

Vixe! Voltaram

Vizinhas viúvas viam vultos vagantes

Viraram vítimas

Vísceras visíveis

Visão vertiginosa

Xeque-mate

Zefa, Zenaide, Zuleide

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Chico Alhandra
Enviado por Chico Alhandra em 02/09/2019
Reeditado em 07/09/2019
Código do texto: T6735543
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