NO DIA DO MEU JULGAMENTO

-SENTE-SE DANIEL, TEMOS MUITO O QUE CONVERSAR -DISSE O JUIZ

-Porque eu estou aqui? Porquê agora? Já são quase meia noite. Eu já contei tudo que eu sabia centenas de vezes. Só quero virar a página agora, eu não aguento mais ficar relembrando isso.

-Nós nunca dormimos Daniel, é por isso que você está aqui. Serão apenas mais algumas perguntas, as últimas que você responderá. Eu prometo.

-Comece do começo por favor. O que você fez naquele dia?

-Eu tive que ficar no escritório a madrugada inteira, eu tinha que terminar o projeto da ponte, a prefeitura estava me pressionando muito. Quando eu cheguei em casa perto das 6h eu encontrei ela lá, caída.

-Daniel, porquê você só chamou a polícia horas depois?

-Eu não sei, eu travei, eu cheguei em casa e encontrei minha esposa morta em uma poça de sangue. Vossa excelência não acha que isso é motivo suficiente?

-Há quanto tempo você sabia que sua esposa estava tendo um caso com seu irmão, Daniel?

-Eu não...

-Apenas responda as perguntas Daniel.

-Algumas semanas.

-Nós sabemos de tudo, encontramos a carta… Só queremos ouvir da sua própria boca.

-Que carta.

-Daniel, entenda você não pode mentir para nós, não para nós. Já que você não quer falar sobre isso agora muito bem, temos todo o tempo do mundo. Me conte então sobre o menino. Porquê o menino, porque o você o matou?

-Foi um acidente.

-Como assim um acidente?

-Eu não tive culpa, ele atravessou na frente.

-Quando você atirou no pai dele a sangue frio?

-Uhhhhhhh -DANIEL RESPIRA PROFUNDAMENTE.

-Ela contou o que eu fiz. -GRITA DANIEL MUITO EXALTADO, ANTES DE QUASE AFUNDAR OS PUNHOS NA MESA.

-O que você quer que eu diga? Eu matei ela tá bom, eu matei minha esposa porque ela estava trepando com meu irmão.

-E depois?

-E depois eu matei meu irmão e meu sobrinho.

-E depois?

-O quê?

-E depois que você matou seu irmão e seu sobrinho?

-Não entendi a pergunta.

-Tem certeza Daniel? Eu vou reformular a pergunta para você. O que você fez depois que você deu o último tiro no peito do seu irmão, subiu a escada, entrou no quarto da sua filha e sentou na poltrona cor de rosa com uma mancha de café que ela ganhou de presente de natal do avô? O que você fez depois?

-Eu… Eu matei ela, eu matei minha filhinha. -CONFESSA DANIEL EM PRANTOS.

-Ela não morreu ainda. Você sabia? Ela está em coma, na fronteira entre a vida e a morte

E depois?

-Eu… Eu me matei. Eu dei um tiro bem no meio do meu cérebro.

-Eu morri?

-Unnnhnn. Esse é o ponto meu caro Daniel. Agora eu acredito que você já sabe porquê está aqui… E porquê agora. Eu esperei eras por este encontro Daniel. Sabe, quado a sua espécie descobriu o fogo, aquela coisa tão estranha e maravilhosa que fazia sua pele arder quado a tocava, desde aquele dia Daniel e venho sonhando em como arrancar a carne dos seus ossos enquanto você grita, em te matar de formas que você nunca poderia imaginar, várias e várias vezes. Nós vamos nos divertir muito aqui Daniel.

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Chico Alhandra
Enviado por Chico Alhandra em 25/08/2019
Reeditado em 04/09/2019
Código do texto: T6728534
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