Ciúmes

Carlos chegou bem cedo no escritório que acabara de o contratar, nervoso e ansioso estava a espera da pessoa que o treinaria para suas novas funções, estava sentado em uma mesa bem arrumada olhando as pessoas chegarem para trabalhar quando avistou Diane, mulher linda de cabelos longos, belas curvas e um sorriso arrebatador, ela sentou a poucas mesas de distância dele e ligou o computador, Carlos ficou encantado com a formosura da moça e começou a se fantasiar com ela, ficou abobado encarando a moça por um tempo, até a chegada da pessoa, que lhe tirou de seus devaneios, para passar sua rotina de trabalho.

Carlos foi apresentado à todas as pessoas do escritório, eram oito contando com ele, Carlos nem prestava muita atenção nos nomes pois não via a hora de ser apresentado à Diane e quando chegou a vez dela, ele sorriu de orelha a orelha encantado, enquanto ela apertava sua mão em um breve cumprimento amistoso.

Carlos voltara a sua mesa e estava tendo pensamentos não tão puros com Diane quando sentiu um puxão no cabelo que quase o derrubou para trás na cadeira, doeu muito, pensou imediatamente que era um dos novos colegas lhe pregando uma peça, mas quando olhou para trás não viu ninguém, achou estranho, olhou para os lados suspeito e voltou a atenção para o computador, pouco tempo depois sentiu alguém puxando sua perna por debaixo da mesa, levou um susto e ficou de pé em um instante, derrubando sua cadeira, seus novos companheiros de serviço perguntaram o que havia de errado e ele disse que sentiu algo embaixo da mesa, mas quando olhou não viu nada, nessa hora ele olhou para Diane e ficou envergonhado.

Carlos estava voltando a se sentar na mesa quando sentiu um novo puxão no cabelo que o fez cair no chão, se debateu tentando se soltar mas não conseguia, a mão que o prendia era muito forte, seus colegas foram socorre-lo mas pararam quando ele começou a ser arrastado pela sala pelos cabelos por uma força invisível, uma mulher tentou sair da sala correndo pela porta aberta, mas esta se fechou com toda a força antes que ela conseguisse sair, a mulher ficou olhando incrédula, encostada contra a porta, enquanto Carlos era arrastado pelo chão do escritório por algo invisível.

Um dos novos companheiros de Carlos tentou ajuda-lo puxando sua perna, mas este foi arremessado encima de uma das mesas por uma grande força invisível, as pessoas ficaram atônitas, não conseguiam ajudar ou fazer nada, apenas podiam olhar o rapaz ser arrastado de um lado para o outro pelos cabelos, até que ele parou, Carlos fora solto e caíra no chão arfando como um louco e muito cansado, ninguém chegou perto dele, ninguém se atreveu a ajuda-lo, por medo de ser arremessado também.

Diane foi a única que saiu do bolo de gente encostado nas paredes para ajudar Carlos, quando ela correu para ajuda-lo algo levantou Carlos no ar, aparentemente pelo pescoço, pois ele fazia um movimentos com os braços que parecia que estava sendo enforcado, Diane parou no meio da corrida sem saber o que fazer, olhava Carlos flutuando em agonia aparentemente sendo asfixiado por um ser invisível, Carlos já estava vermelho e seus movimentos começaram a cessar, ficou de repente mole com os braços e pernas pendurados no ar e então despencou com toda força no chão, morto.

As portas de repente se abriram e todos saíram correndo e gritando a única pessoa que ficou foi Diane, perplexa, diante do corpo de Carlos, ela chorou baixinho e depois gritou para as paredes:

_Já te disse Augusto, está tudo acabado entre nós, você morreu já faz 2 anos, pare de matar qualquer que se quer olhe para mim, e voltou a chorar novamente sentindo um afago invisível nos cabelos.