Altar

A polícia arrombou a porta do apartamento e descobriu a morta diante de um altar coberto de fotos, desenhos, cartas e uma urna de cinzas.

A mulher estava morta há muito tempo. Segundo a perícia, há, pelo menos, vinte dias. Encontraram também uma carta datada do dia anterior.

Algo não batia. Quem a escreveu? Tudo indicava ser a falecida.

O mistério só aumentou com a leitura da carta: “Descobri como escapar deste demônio que em vida chamei de filho. Por Deus, abandone este quarto imediatamente, se ainda tiver tempo.”

Intrigado, o detetive colocou o pedaço de papel em um envelope de provas e deu por encerrado seu trabalho na cena do crime.

Ele e a equipe rumaram para porta, que não estava mais lá, assim como as janelas.

Por meses, os amigos do distrito e familiares buscaram qualquer prova que levasse ao paradeiro da equipe.

Nada encontraram.