Amelinha, vítima da tortura

Leu a notícia como se fosse um conto de terror. Era sobre uma das vitimas das torturas executadas e comandadas pelo doutor Tibiriçá.

Segundo essa notícia, incontestável porque coincide com fatos comprovados por todos o órgãos e entidades sérios do país, além da Comissão da Verdade, Maria Amélia de Almeida Torres, conhecida como Amelinha, foi presa juto com o marido e outro militante da oposição à ditadura militar em dezembro de 1972, em São Paulo. A prisão se deveu a Amelinha e outro militante dirigirem uma gráfica do PC do B. Foram torturados por Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos principais nomes da repressão do período militar, apelidado de doutor Tibiriçá, hoje promovido, pelo presidente, a herói nacional.

Declarou Amelinha:

"Enquanto torturavam a gente, foram até minha casa buscar meus filhos e minha irmã grávida. Nesse momento eu estava em uma sala à parte na 'cadeira do dragão'. Tiha os braços com fios, sempre nua. Estava bastante machucada e cheia de hematomas. Meus filhos, um com 5 e outro com 4 anos, foram levadas até lá para que me vissem, e perguntaram porque eu estava azul e o pai deles verde. Olhei meu corpo e estava roxa devido os hematomas....".

O homem chorou indignado, não aguentou ler a matéria até o fim, nao entendia como se poderia elogiar e endeusar um torturador, alguém tão cruel, desumano e covarde. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 13/08/2019
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