meu sepultamento

poesia de

A. Gust

-Cruel ,comigo fostes. ah, malditas borboletas pretas!

-A chuva sempre trouxe muitas desgraças, para muitos lugares , assolando tais lugares .

Mas e, a chuvas de nossos corações , que assola nossa vida, com malditas ventanias!

trazendo a morte e, a desordem no caos, que já no coração, perturbando a nossa alma .

-E, a tristeza bate em nossa porta e, o choro em ranger de dentes, rasgando a gengiva, mordida pela linguá, já esquartejada, triturada em nossa boca, sangrando e, nos afogando com nosso próprio sangue, isso assola

Nossa alma, sepultando em terra nosso corpo, nos mais escuros e infernais abismos do subsolo, onde, já nossa alma, desconfigurada, em tormenta maldita, queimada pela luz, onde, um dia ela vivia .

Ah, tormenta!

A chuva que imundava meu coração, arrastou meus desejos e sonhos. sonhos, hoje, afogados, podres pelas tristes ,amargas tristezas e pelo abalo.

Sonho morto e sepultado .

Cravado nas mais profundas covas, no solo, onde, não sairei jamais.

Nascemos espíritos, logo somos revestidos pelo pecado da carne, para superar essa vida morta parasita, que nos assola nos sofrimentos e discórdias , com uma natureza morta. e no fim dessa desgraçada vida, se libertar, dessas correias, com fortes correntes, que nos prende a esse corpo podre e pecaminoso, até voltarmos a nosso primitivo estado de espírito.

-Mas, as vezes levamos as perturbações como recordações, de uma vida mal vivida e, nos tornamos demônios de nós mesmo.

E nos devoramos sem perceber, provocando sofrimento a nós mesmo e no espírito, já sem paz, imundado por ódio, agonia, e tristezas desgraças, num tormento, de tormenta, sem fim, onde o principio das verdadeiras dores, começam.

-A morte é só o principio das dores, e causamos essas dores, com nossos próprios demônios, que criamos em nós mesmo, a fim, de nos punir e castigar .

Somos, nossos próprios demônios ,pois, eles sempre habitaram em nós, mas, também existem nossos anjos, que moram em nosso interior,

-mas ,sua luz ,nos queima e assim, nos arrastamos para os mais profundos abismos, a fim ,de nunca encontrá-los , quando o ódio se torna nosso principio motor e, a água que mata a sede da alma, com a desgraça alheia, é a nossa própria água e, o pão podre dos corpos, que por vermes, comidos saciam nossa fome .

-E seus sangues e nosso próprio sangue , preenches ,nossa taça de pragas e desgraças ,que matam nossa sede, com uma secura, que logo queima nossas gué-las , como acido ,que nos deforma ainda mais, por dentro.

Corroendo nossa carne, em profanidade, maldade e morféticas iniqúidades .

A. Gust

a gust
Enviado por a gust em 31/03/2019
Reeditado em 24/04/2019
Código do texto: T6611769
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