PÊNDULO DO CAMPANÁRIO - micro conto
A madeira era simples, de lei apenas a de Deus, pároco regado à pinga e nas horas sombrias da madrugada era o alimento de certos jovens fiéis, o que lhe conferia um sono de bruços, profundo e sem culpas até a próxima manhã nascer. Padre Augusto era um homem muito querido pelas velhas beatas, a perdição do sacristão, o delírio de jovens fiéis e o maior desafio de Deus, difícil fazer com que seguisse o caminho certo, seus desvios de conduta viviam nos segredos do confessionário, na clausura da missão e no Bordel da Peregrina na cidade ao lado. Ah! Augustinho suspiravam as meninas e meninos da noite obscura. Quando seu corpo foi encontrado esfolado e dependurado no campanário, o choro do luto foi ouvido até no céu, mas, o inferno ficou em festa. O Ele que chamamos de Poderoso, sofreu mais uma baixa. Dias depois, um fantasma ruborizava as beatas, causava suspiros no sacristão, bulinava alguns na Peregrina e observava o riso desbragado do cafetão Geremias amolando sua faca.
A madeira era simples, de lei apenas a de Deus, pároco regado à pinga e nas horas sombrias da madrugada era o alimento de certos jovens fiéis, o que lhe conferia um sono de bruços, profundo e sem culpas até a próxima manhã nascer. Padre Augusto era um homem muito querido pelas velhas beatas, a perdição do sacristão, o delírio de jovens fiéis e o maior desafio de Deus, difícil fazer com que seguisse o caminho certo, seus desvios de conduta viviam nos segredos do confessionário, na clausura da missão e no Bordel da Peregrina na cidade ao lado. Ah! Augustinho suspiravam as meninas e meninos da noite obscura. Quando seu corpo foi encontrado esfolado e dependurado no campanário, o choro do luto foi ouvido até no céu, mas, o inferno ficou em festa. O Ele que chamamos de Poderoso, sofreu mais uma baixa. Dias depois, um fantasma ruborizava as beatas, causava suspiros no sacristão, bulinava alguns na Peregrina e observava o riso desbragado do cafetão Geremias amolando sua faca.