Não abra a ultima porta
Nesse mundo o mau adquiri as mais diversas formas, e preciso estar atento os sinais que prefiguram sua aparição, ou o preço pelo descuido pode ser muito alto.
Numa estrada deserta a noite, um veículo avança, rompendo o breu profundo com a luz dos seus faróis, em alta velocidade. Era um a noite de lua cheia, Selene (a lua) abraça o firmamento com seus mantos de luz dia fama conferindo um belo espetáculo, em contraste, em ambos os lados da estrada apenas um profundo e escuro bosque poderia ser viajar por muitas horas sem encontrar uma casa, uma fazenda, um posto de gasolina, sem postes de iluminação. Poucos se aventuravam naqueles ermos. Apenas de tempos em tempos alguns campistas ou caçadores desavisados. Mais os habitantes das pequenas vilas que circundavam o vale, evitavam passar por ali especialmente a noite, havia muitas lendas sobre aparições, fantasma e monstros era como que a civilização humana fosse uma intrusa naquele aquele sombrio reino florestal.
O medo do desconhecido e algo herdade de nossos ancestrais simiescos especialmente o medo do escuro, uma recordação atávica dos tempos em vivíamos em cavernas sempre sujeitos a o ataque das feras que espreitavam nas sombras. Mais não vivemos mais em cavernas, moramos em cidades, bem iluminadas a noite já não é tão assustadora, o desenvolvimento cientifico e cultural baniu a maior parte dos nossos antigos medos para o esquecimento, a racionalidade moderna não permite mais tais superstições. Na nossa arrogância nos sentimos senhores de tudo temos o controle sobre nosso destino, temos repostas logicas para qualquer coisa, no entanto o homem moderno subestima a natureza, ele não sabe de tudo, ele ignora outras realidades insuspeitas, e as vezes essas outras dimensões interagem com o mundo dos homens com resultados inesperados ou porque não dizer trágicos.
Nessa noite vai se estabelecer uma intercessão entre duas realidades distintas, será breve mais com consequências terríveis.
Ignorando o perigo que permeava aquela noite, no volante do carro que avança velozmente, está um homem, Boris Medelev, um russo que vivia no Brasil já a alguns anos, mais quem é esse homem? Uma figura formidável, 32 anos grande e muito forte com 1.90 m de altura e pesando 100 quilos, loiro de olhos azuis, músculos rijos, Boris dirigia por aquela estrada pela primeira vez, apesar dos avisos dos moradores para tomar outro caminho ele os ignorou, não via razão para ir por outra estrada afinal aquela encurtava o caminho para a cidade de Santos, Boris riu dos alertas dos populares sobre a fama de região assombrada , ele um homem que se gabava de não ter medo de nada, achou graça das estórias de fantasmas, Boris dizia – eu só me preocupo com os vivos os mortos estão enterrados e esquecidos – e ele mesmo já tinham mandado muitos para o mundo dos mortos, Boris não era uma boa pessoa , dirigindo sua possante Ferrari vermelha, ele vendia armas, para os traficantes de drogas cariocas, estava envolvido naquele mundo de violência e crime. Era um marginal mais nunca tinha sido preso, era bem relacionado, amigo de políticos e empresários já tinham trocados tiros com a polícia e os bandidos. Mais aquela viagem não era a negócios, era de férias de lazer, ele ia para uma cidade onde não era conhecido pelos criminosos locais ali ele podia relaxar, não estava armado coisa rara sempre andava com sua pistola de 9 mm. Acostumado a violência das ruas, fantasmas e aparições era algo absurdo e ridículo. Os faróis do veículo iluminam a estrada, Boris está tranquilo, não era a primeira vez que ele dirige a noite, naquela vida que ele levava, os “negócios” quase sempre são resolvidos a noite, assim Boris estava habituado, mais nada na sua vida o preparou para o que ele iria enfrentar naquela noite.
No meio da escuridão Boris percebe uma luz difusa e distante, e pensa – estranho me disseram que não existe nada nessa região apenas mato - de fato a luz que ele avistava a o longe parecia a de um poste de iluminação, à medida que seu carro avança a luz vai tomando forma era um poste e o mais estranho havia algo por trás do poste, uma construção, a cada momento mais intrigado Boris via perplexo surgir um velho restaurante abandonado desses que existem para servir aos motoristas em transito , mais como se ali quase não passava veículos? Naquele lugar, a o passar em frente Boris nota que o restaurante estava arruinado o mato crescia ao redor suas janelas estavam quebradas, as paredes tinham o reboco descascando havia rachaduras por toda a parte e muita sujeira, parecia que a há muitos anos estava ali abandonado. Então algo acorreu o possante motor de Ferrari falhou e o carro foi lentamente parando era muito estranho o carro era novo e tinham passado por uma revisão a poucos dias como podia estar apresentando problemas. Por fim o carro para totalmente os frenéticos esforços de Boris para religar o automóvel foram em vão, -maldição o que está acontecendo com essa coisa, o tanque está cheio e não existe problemas mecânicos visíveis, mais porque o motor parou? Como nada mais podia fazer ele liga seu celular mais não conseguia contato com ninguém não tinham sinal , - maldito lugar, nem sinal tem – resmunga o russo, nisso ele começa a sentir vontade de fazer xixi, ele podia ir para o mato próximo , mais pensou melhor – hum esse mato escuro deve ter muitos bichos perigosos , já sei deve haver algum banheiro no restaurante abandonado creio que e mais seguro - como estava enganado, - no fundo ele foi mais por curiosidade , ele estava acostumado a frequentar lugares assim ruinas decadentes . Para ele não era novidade quantas vezes ele se encontrou com seus compassas em lugares abandonados como aquele para realizar “negócios” um velho restaurante abandonado , ele chega percebe a porta de madeira carcomida e muito gasta, ele empurra a porta com o pê, entra encontra uma sala com mesas e cadeiras reviradas e quebradas tudo coberto por uma rede de teias de aranham no balcão de atendimento pratos com comida mofada, garravas de bebidas espalhadas pelo chão a maioria quebradas as paredes inundas sujas de foligem escura, o teto de gesso repleto de buracos por onde o luar da noite se insinuava. Num canto um velho aparelho de som quebrado e enferrujado, por todo o salão sujeira e destruição, Boris pensa – puxa está tudo tão velho e deteriorado até parece que esse lugar está há uns duzentos anos sem ninguém morar ou utilizar. Com sua lanterna Boris procura um banheiro sentia muita vontade de fazer xixi, a luz da lanterna focaliza uma porta com o nome “banheiros” ele abre a porta então encontra um corredor com diversos banheiros, eram pequenos como cabines telefônicas. havia um total de 11 banheiros, todas com a porta aberta menos uma que ficava no final do corredor. Boris nem prestou atenção nisso mesmo porque estava escuro, (muito embora o teto estava furado, o luar se projetava através dele mais era uma luz difusa). O russo entrou no banheiro e fez suas necessidades, assim que terminou Boris notou algo escrito na caixa da descarga , iluminou com sua lanterna e lá estava escrito - não abra a última porta - ficou intrigado com aquilo e mais bizarro a mensagem estava escrita com sangue , ainda mais intrigado Boris sai do banheiro quando ilumina a parede oposta eis que ele vê novamente a enigmática mensagem – não abra a última porta - curioso ele ilumina o corredor percebe que de fato todas estão abertas menos a última, Boris pensa – hum não abra a última porta, por que? Que diabos existe ali? Há que bobagem eu não tenho medo de nada – ele atravessa o corredor escuro e vai até a última porta quando chega estava escrito – não abra - com letras vermelhas, Boris sorri – que merda e essa , pois eu vou abrir essa porcaria ele dá um chute na porta ela abre a princípio ele nada vê estava escuro como breu, ai ele direciona a luz da lanterna então se revela o interior do banheiro, havia uma pia, um sanitário e uma caixa de descarga e um pouco acima o corpo de um garoto que parecia ter uns 9 anos de idade, estava pendurado num gancho de ferro enferrujado, a cabeça era coberta por uma espessa cabeleira negra, e estava reclinada sobre o próprio corpo que era pálido e esquelético como a morte , seus braços cadavéricos pendiam , seu rosto era um horrendo arremedo de pele e osso, seus olhos estavam abertos mais eram cinzentos e inexpressivos, a boca aberta mais a mandíbula parecia deslocada para esquerda o nariz não existia havia apenas dois buracos a pele do rosto tinham um tom azulado parecia ter a textura de papel seda, o corpo parecia ressecado ou melhor dizendo mumificado, o que não combinava era o cabelo espesso , preto e lustroso parecia o cabelo de um ser vivo, vestia um uniforme de colégio, mais bem antigo uma camisa branca de mangas curtas e um calção azul, outra coisa não tinham pernas , elas pareciam ter sido arrancadas ou cortadas difícil dizer com certeza , mais Boris não se impressionou muito com aquilo , ele era um homem duro, embrutecido por uma vida de violência , para ele era só um cadáver como muitos que ele já tinham visto na vida, saiu do banheiro fechou a porta sem dar maior importância a o menino morto, foi então que ele começou a sentir um cheiro horrível, o pior fedor que alguém possa imaginar uma mistura de carne pobre e vomito e fezes de rato, ele tapa o nariz e resmunga – que fedor é esse? - a inhaca ra opressivo e parecia invadir as narinas de Boris com tal intensidade que embrulhou o estomago do russo, e olhe que ele não era dado a se sentir mal com qualquer coisa mais o fedor era tão intenso que ele não aguentou e vomitou, após o vomito , o mau cheiro cessou de repente , Boris se sentia mau enjoado, viu então uma velha pia rachada, acima dela um espelho partido a o meio, o homem foi até a pia, girou a torneira e um filete de agua marrom saiu , ele lavou o rosto e a boca, porem quando ele ergueu os olhos para espelho partido ao meio, ele viu, no corredor do banheiro atrás dele o volto meio oculto de um menino com uma faca de açougueiro na mão esquerda , ele estava em pê no corredor , Boris toma o maior susto de sua vida e se vira bruscamente, mais não havia ninguém no corredor , ele pensa – o que foi isso que eu vi? Não era nada foi a minha imaginação me pregando uma peça – diz consigo mesmo, ele pensa – bem está na hora de ir embora desse lugar maldito – Boris caminha até a porta mais quando gira a maçaneta tem uma surpresa a porta não abre, ele puxa com força e nada era como se aporta fosse feita de concreto, permanece imóvel, Boris pensa perplexo – o que diabo é isso, como pode essa porta está trancada? Eu estou sozinho aqui, ou será que não? – ele força a porta, ele dá chutes e nada ela permanece fechada ele grita irado - ei tem alguém aqui? abra a porta me deixa sair? – mais nada silencio total, ele começa a ficar preocupado - o que está acontecendo? eu estou preso aqui - ele olha ao seu redor procurando uma saída daquele lugar avista uma abertura no teto por onde a luz do luar se infiltra, havia outros pequenos buracos que quebravam a escuridão , a cerâmica do assolho do banheiro refletia um pouco da luz do luar conferindo um tom fantasmagórico aquele banheiro , Boris sente algo que nunca havia experimentado menos nos momentos mais difíceis e perigosos de sua vida, um pavor , um medo do desconhecido, se ele ao menos tivesse uma arma, mais não ele não tinham, e para piorar ele escuta o som mais apavorante de sua vida das profundezas escuras do banheiro, o porta do último compartimento onde jazia o cadáver do menino , range ameaçadoramente, ela estava se abrindo, os olhos azuis de Boris se arregalam ele nunca tinham acreditado em fantasmas , mais nesse momento seu piores pesadelos se tornam reais , para seu horror um vulto começa e se mexer na escuridão ele percebe o som bem distinto de um corpo se arrastando pelo chão frio do banheiro, com a mão tremendo ele liga a lanterna e a luz ilumina aquela aparição horrenda, era o cadáver do menino morto se arrastando pelo chão, no seu disforme rosto brilhava uma luz vermelha nos olhos antes sem vida, Boris grita – não e possível você está morto – mais a horripilante criatura sem pernas se arrasta pelo chão impulsionado por seus esqueléticos braços , parecia mais um verme necrófago, Boris Medelev o homem que se orgulha de não ter medo de nada estava tremendo, pálido de terror , ele se afastou deu alguns passos para trás e ficou encostado na porta do banheiro, e gritou – afasta-se de mim afasta-se de mim - a criatura repulsiva ergue a cabeça e murmurou entre suas mandíbulas deformadas – porque você me acordou, porque perturbou o meu descançooooo, você foi avisadooooo - não afaste-se de mim seu monstro afaste-se de mim – berrou o homem – foi ai que ele viu na mão esquerda do morto vivo, o brilho sinistro de uma lamina, era um faca enorme de açougueiro , o sinistro ser se aproximou de Boris e ficou a apenas um metro de distância, o homem olhava petrificado de medo nisso o morto vivo dá um salto e crava a faca no coração do russo ele grita – haaaaaaaaaaaaaaaaaaaa – o grito ecoa pela noite , na manhã seguinte, um caminhão passa pela estrada e o motorista avista parado o carro de Boris, enferrujado , retorcido como se estivesse ali há muitos anos mais não havia poste nenhum e nem sinal do restaurante abandonado no seu lugar apenas um terreno vazio onde havia apena um matagal espesso, nunca mais ninguém viu Boris Medelev.
Nesse mundo o mau adquiri as mais diversas formas, e preciso estar atento os sinais que prefiguram sua aparição, ou o preço pelo descuido pode ser muito alto.
Numa estrada deserta a noite, um veículo avança, rompendo o breu profundo com a luz dos seus faróis, em alta velocidade. Era um a noite de lua cheia, Selene (a lua) abraça o firmamento com seus mantos de luz dia fama conferindo um belo espetáculo, em contraste, em ambos os lados da estrada apenas um profundo e escuro bosque poderia ser viajar por muitas horas sem encontrar uma casa, uma fazenda, um posto de gasolina, sem postes de iluminação. Poucos se aventuravam naqueles ermos. Apenas de tempos em tempos alguns campistas ou caçadores desavisados. Mais os habitantes das pequenas vilas que circundavam o vale, evitavam passar por ali especialmente a noite, havia muitas lendas sobre aparições, fantasma e monstros era como que a civilização humana fosse uma intrusa naquele aquele sombrio reino florestal.
O medo do desconhecido e algo herdade de nossos ancestrais simiescos especialmente o medo do escuro, uma recordação atávica dos tempos em vivíamos em cavernas sempre sujeitos a o ataque das feras que espreitavam nas sombras. Mais não vivemos mais em cavernas, moramos em cidades, bem iluminadas a noite já não é tão assustadora, o desenvolvimento cientifico e cultural baniu a maior parte dos nossos antigos medos para o esquecimento, a racionalidade moderna não permite mais tais superstições. Na nossa arrogância nos sentimos senhores de tudo temos o controle sobre nosso destino, temos repostas logicas para qualquer coisa, no entanto o homem moderno subestima a natureza, ele não sabe de tudo, ele ignora outras realidades insuspeitas, e as vezes essas outras dimensões interagem com o mundo dos homens com resultados inesperados ou porque não dizer trágicos.
Nessa noite vai se estabelecer uma intercessão entre duas realidades distintas, será breve mais com consequências terríveis.
Ignorando o perigo que permeava aquela noite, no volante do carro que avança velozmente, está um homem, Boris Medelev, um russo que vivia no Brasil já a alguns anos, mais quem é esse homem? Uma figura formidável, 32 anos grande e muito forte com 1.90 m de altura e pesando 100 quilos, loiro de olhos azuis, músculos rijos, Boris dirigia por aquela estrada pela primeira vez, apesar dos avisos dos moradores para tomar outro caminho ele os ignorou, não via razão para ir por outra estrada afinal aquela encurtava o caminho para a cidade de Santos, Boris riu dos alertas dos populares sobre a fama de região assombrada , ele um homem que se gabava de não ter medo de nada, achou graça das estórias de fantasmas, Boris dizia – eu só me preocupo com os vivos os mortos estão enterrados e esquecidos – e ele mesmo já tinham mandado muitos para o mundo dos mortos, Boris não era uma boa pessoa , dirigindo sua possante Ferrari vermelha, ele vendia armas, para os traficantes de drogas cariocas, estava envolvido naquele mundo de violência e crime. Era um marginal mais nunca tinha sido preso, era bem relacionado, amigo de políticos e empresários já tinham trocados tiros com a polícia e os bandidos. Mais aquela viagem não era a negócios, era de férias de lazer, ele ia para uma cidade onde não era conhecido pelos criminosos locais ali ele podia relaxar, não estava armado coisa rara sempre andava com sua pistola de 9 mm. Acostumado a violência das ruas, fantasmas e aparições era algo absurdo e ridículo. Os faróis do veículo iluminam a estrada, Boris está tranquilo, não era a primeira vez que ele dirige a noite, naquela vida que ele levava, os “negócios” quase sempre são resolvidos a noite, assim Boris estava habituado, mais nada na sua vida o preparou para o que ele iria enfrentar naquela noite.
No meio da escuridão Boris percebe uma luz difusa e distante, e pensa – estranho me disseram que não existe nada nessa região apenas mato - de fato a luz que ele avistava a o longe parecia a de um poste de iluminação, à medida que seu carro avança a luz vai tomando forma era um poste e o mais estranho havia algo por trás do poste, uma construção, a cada momento mais intrigado Boris via perplexo surgir um velho restaurante abandonado desses que existem para servir aos motoristas em transito , mais como se ali quase não passava veículos? Naquele lugar, a o passar em frente Boris nota que o restaurante estava arruinado o mato crescia ao redor suas janelas estavam quebradas, as paredes tinham o reboco descascando havia rachaduras por toda a parte e muita sujeira, parecia que a há muitos anos estava ali abandonado. Então algo acorreu o possante motor de Ferrari falhou e o carro foi lentamente parando era muito estranho o carro era novo e tinham passado por uma revisão a poucos dias como podia estar apresentando problemas. Por fim o carro para totalmente os frenéticos esforços de Boris para religar o automóvel foram em vão, -maldição o que está acontecendo com essa coisa, o tanque está cheio e não existe problemas mecânicos visíveis, mais porque o motor parou? Como nada mais podia fazer ele liga seu celular mais não conseguia contato com ninguém não tinham sinal , - maldito lugar, nem sinal tem – resmunga o russo, nisso ele começa a sentir vontade de fazer xixi, ele podia ir para o mato próximo , mais pensou melhor – hum esse mato escuro deve ter muitos bichos perigosos , já sei deve haver algum banheiro no restaurante abandonado creio que e mais seguro - como estava enganado, - no fundo ele foi mais por curiosidade , ele estava acostumado a frequentar lugares assim ruinas decadentes . Para ele não era novidade quantas vezes ele se encontrou com seus compassas em lugares abandonados como aquele para realizar “negócios” um velho restaurante abandonado , ele chega percebe a porta de madeira carcomida e muito gasta, ele empurra a porta com o pê, entra encontra uma sala com mesas e cadeiras reviradas e quebradas tudo coberto por uma rede de teias de aranham no balcão de atendimento pratos com comida mofada, garravas de bebidas espalhadas pelo chão a maioria quebradas as paredes inundas sujas de foligem escura, o teto de gesso repleto de buracos por onde o luar da noite se insinuava. Num canto um velho aparelho de som quebrado e enferrujado, por todo o salão sujeira e destruição, Boris pensa – puxa está tudo tão velho e deteriorado até parece que esse lugar está há uns duzentos anos sem ninguém morar ou utilizar. Com sua lanterna Boris procura um banheiro sentia muita vontade de fazer xixi, a luz da lanterna focaliza uma porta com o nome “banheiros” ele abre a porta então encontra um corredor com diversos banheiros, eram pequenos como cabines telefônicas. havia um total de 11 banheiros, todas com a porta aberta menos uma que ficava no final do corredor. Boris nem prestou atenção nisso mesmo porque estava escuro, (muito embora o teto estava furado, o luar se projetava através dele mais era uma luz difusa). O russo entrou no banheiro e fez suas necessidades, assim que terminou Boris notou algo escrito na caixa da descarga , iluminou com sua lanterna e lá estava escrito - não abra a última porta - ficou intrigado com aquilo e mais bizarro a mensagem estava escrita com sangue , ainda mais intrigado Boris sai do banheiro quando ilumina a parede oposta eis que ele vê novamente a enigmática mensagem – não abra a última porta - curioso ele ilumina o corredor percebe que de fato todas estão abertas menos a última, Boris pensa – hum não abra a última porta, por que? Que diabos existe ali? Há que bobagem eu não tenho medo de nada – ele atravessa o corredor escuro e vai até a última porta quando chega estava escrito – não abra - com letras vermelhas, Boris sorri – que merda e essa , pois eu vou abrir essa porcaria ele dá um chute na porta ela abre a princípio ele nada vê estava escuro como breu, ai ele direciona a luz da lanterna então se revela o interior do banheiro, havia uma pia, um sanitário e uma caixa de descarga e um pouco acima o corpo de um garoto que parecia ter uns 9 anos de idade, estava pendurado num gancho de ferro enferrujado, a cabeça era coberta por uma espessa cabeleira negra, e estava reclinada sobre o próprio corpo que era pálido e esquelético como a morte , seus braços cadavéricos pendiam , seu rosto era um horrendo arremedo de pele e osso, seus olhos estavam abertos mais eram cinzentos e inexpressivos, a boca aberta mais a mandíbula parecia deslocada para esquerda o nariz não existia havia apenas dois buracos a pele do rosto tinham um tom azulado parecia ter a textura de papel seda, o corpo parecia ressecado ou melhor dizendo mumificado, o que não combinava era o cabelo espesso , preto e lustroso parecia o cabelo de um ser vivo, vestia um uniforme de colégio, mais bem antigo uma camisa branca de mangas curtas e um calção azul, outra coisa não tinham pernas , elas pareciam ter sido arrancadas ou cortadas difícil dizer com certeza , mais Boris não se impressionou muito com aquilo , ele era um homem duro, embrutecido por uma vida de violência , para ele era só um cadáver como muitos que ele já tinham visto na vida, saiu do banheiro fechou a porta sem dar maior importância a o menino morto, foi então que ele começou a sentir um cheiro horrível, o pior fedor que alguém possa imaginar uma mistura de carne pobre e vomito e fezes de rato, ele tapa o nariz e resmunga – que fedor é esse? - a inhaca ra opressivo e parecia invadir as narinas de Boris com tal intensidade que embrulhou o estomago do russo, e olhe que ele não era dado a se sentir mal com qualquer coisa mais o fedor era tão intenso que ele não aguentou e vomitou, após o vomito , o mau cheiro cessou de repente , Boris se sentia mau enjoado, viu então uma velha pia rachada, acima dela um espelho partido a o meio, o homem foi até a pia, girou a torneira e um filete de agua marrom saiu , ele lavou o rosto e a boca, porem quando ele ergueu os olhos para espelho partido ao meio, ele viu, no corredor do banheiro atrás dele o volto meio oculto de um menino com uma faca de açougueiro na mão esquerda , ele estava em pê no corredor , Boris toma o maior susto de sua vida e se vira bruscamente, mais não havia ninguém no corredor , ele pensa – o que foi isso que eu vi? Não era nada foi a minha imaginação me pregando uma peça – diz consigo mesmo, ele pensa – bem está na hora de ir embora desse lugar maldito – Boris caminha até a porta mais quando gira a maçaneta tem uma surpresa a porta não abre, ele puxa com força e nada era como se aporta fosse feita de concreto, permanece imóvel, Boris pensa perplexo – o que diabo é isso, como pode essa porta está trancada? Eu estou sozinho aqui, ou será que não? – ele força a porta, ele dá chutes e nada ela permanece fechada ele grita irado - ei tem alguém aqui? abra a porta me deixa sair? – mais nada silencio total, ele começa a ficar preocupado - o que está acontecendo? eu estou preso aqui - ele olha ao seu redor procurando uma saída daquele lugar avista uma abertura no teto por onde a luz do luar se infiltra, havia outros pequenos buracos que quebravam a escuridão , a cerâmica do assolho do banheiro refletia um pouco da luz do luar conferindo um tom fantasmagórico aquele banheiro , Boris sente algo que nunca havia experimentado menos nos momentos mais difíceis e perigosos de sua vida, um pavor , um medo do desconhecido, se ele ao menos tivesse uma arma, mais não ele não tinham, e para piorar ele escuta o som mais apavorante de sua vida das profundezas escuras do banheiro, o porta do último compartimento onde jazia o cadáver do menino , range ameaçadoramente, ela estava se abrindo, os olhos azuis de Boris se arregalam ele nunca tinham acreditado em fantasmas , mais nesse momento seu piores pesadelos se tornam reais , para seu horror um vulto começa e se mexer na escuridão ele percebe o som bem distinto de um corpo se arrastando pelo chão frio do banheiro, com a mão tremendo ele liga a lanterna e a luz ilumina aquela aparição horrenda, era o cadáver do menino morto se arrastando pelo chão, no seu disforme rosto brilhava uma luz vermelha nos olhos antes sem vida, Boris grita – não e possível você está morto – mais a horripilante criatura sem pernas se arrasta pelo chão impulsionado por seus esqueléticos braços , parecia mais um verme necrófago, Boris Medelev o homem que se orgulha de não ter medo de nada estava tremendo, pálido de terror , ele se afastou deu alguns passos para trás e ficou encostado na porta do banheiro, e gritou – afasta-se de mim afasta-se de mim - a criatura repulsiva ergue a cabeça e murmurou entre suas mandíbulas deformadas – porque você me acordou, porque perturbou o meu descançooooo, você foi avisadooooo - não afaste-se de mim seu monstro afaste-se de mim – berrou o homem – foi ai que ele viu na mão esquerda do morto vivo, o brilho sinistro de uma lamina, era um faca enorme de açougueiro , o sinistro ser se aproximou de Boris e ficou a apenas um metro de distância, o homem olhava petrificado de medo nisso o morto vivo dá um salto e crava a faca no coração do russo ele grita – haaaaaaaaaaaaaaaaaaaa – o grito ecoa pela noite , na manhã seguinte, um caminhão passa pela estrada e o motorista avista parado o carro de Boris, enferrujado , retorcido como se estivesse ali há muitos anos mais não havia poste nenhum e nem sinal do restaurante abandonado no seu lugar apenas um terreno vazio onde havia apena um matagal espesso, nunca mais ninguém viu Boris Medelev.