Febre do Ouro
No calor úmido da floresta o homem tremia, calafrios invadiam seu corpo que ardia em febre. Nas mãos trazia o pequeno tesouro dourado enrolado num embornal, a sua volta os mosquitos zuniam. E a febre o desmantelava. "Se não achar ouro, acha malária" diziam antes dele embarcar na aventura. Ouro não achou, mas na ganancia o roubou de um amigo morto. A malária veio de assalto, como castigo. A pele queimando como brasa, as mãos tremulas, os mosquitos... E em seu delírio via, a sua frente, o amigo que assassinou vindo buscar seu ouro de volta.