Contos de uma voz
Quem sou eu? Bem, você não entenderia muito bem, e, na verdade, você não precisa saber. Imagine-me apenas como uma voz em sua cabeça, vinda do além e apenas por um tempo. Vim lhes contar uma pequena história, não sobre alguém, mas sim sobre algo. Não leve muito a serio essa história, de preferencia esqueça quando acordar no dia seguinte ao que leu, mas, durante a leitura, preste atenção, é só o que essa voz te pede.
17 de agosto de 2008
Rick está animado, finalmente acabou de mobilhar sua casa nova, uma casa de tamanho razoavelmente grande, na beira de uma estrada de terra, uma das capilares de uma das principais estradas de seu país. Rick comprou essa casa apenas como um refúgio da conturbada cidade em que mora, comprou apenas para passar alguns finais de semana, não mais que isso.
Rick é musicista, construiu um pequeno estúdio no segundo andar de sua nova casa, duas guitarras, um baixo, uma boa bateria e alguns microfones, isolamento acústico amador, com isopor, espuma e caixas de ovos, nada além do normal para um estúdio feito em casa.
Após algumas horas tocando solos de guitarra e baixo, Rick vai para seu quarto, coloca os fones de ouvido no volume mais alto, como de costume, e coloca algum rock, na maioria das vezes um rock mais pesado do que as pessoas geralmente estão acostumadas, pega um baralho qualquer e começa a arremessar as cartas de encontro a um pequeno alvo de isopor que ele mesmo fez com os restos do material usado para o isolamento acústico, com a finalidade de fincar algumas cartas nesse tal isopor.
Nada de anormal até então, até então. De repente todas as luzes da casa se apagam. Uma falta de energia, certo? Errado. O ventilador de Rick continua ligado, e a música em seus fones também parou, mesmo com a celular ainda ligado e o player de seu celular ainda funcionando. Rick se assusta um pouco, mas para um cara de 25 anos, com um total de seis piercings no rosto, tatuagens por todo o corpo e acostumado com musicas pesadas e filmes de terror, isso não foi nada. Isso é o que Rick pensa.
Rick decide ir até o interruptor, na cozinha, no andar de baixo da casa. Mexe em todos até que um deles faz as luzes reacenderem. Aliviado do susto, vai ao banheiro lavar o rosto, liga a torneira e se abaixa para jogar a agua em sua cara. Ao levantas o rosto se depara com algo estranho no espelho, além de seu reflexo havia algo mais, algo que ele não conseguiu decifrar bem oque era, pois com uma piscar de olhos aquilo desapareceu. Tudo bem Rick, foi apenas sua imaginação, tudo bem.
Ao sair do banheiro, Rick começa a ir em direção á escada, a fim de voltar ao seu quarto. No corredor passa por uma porta aberta e, como por impulso, olha para dentro da tal porta e se assusta. Como que por alguns milésimos de segundo Rick pensa ter visto alguém lá dentro, a mesma forma vista anteriormente no banheiro, atrás dela havia alguém, pendurado no teto pelo pescoço e com sangue escorrendo e pingando no chão. Mas, ao piscar, nada mais existe além de uma despensa vazia, deve ter sido a cabeça de Rick lhe pregando uma peça.
Rick sobe as escadas e volta ao que estava fazendo, então com o canto do olho parece ver algo estranho, olha para o lado e não vê nada, mas vê um vulto passando pela porta para qual anteriormente estava virado. Rick se levanta e vai ver quem ou oque passou pela porta, quando as luzes se apagam de novo. Tá ficando repetitivo, eu sei, mas eu só narro os fatos, então continue lendo. Rick desiste de procurar algo e também não quer descer novamente para religas as luzes, mas algo chama sua atenção, do lado de fora da casa há uma luz, uma luz muito forte para uma madrugada dessas, uma luz tão forte que ilumina a casa muito mais do que as luzes anteriormente acesas. Rick tenta olhar pela janela do segundo andar, mas a luz é tão intensa que ofusca sua visão, então ele decide descer.
Ao chegar à porta dos fundos da casa, uma porta que dá na cozinha, a luz parece estar bem mais fraca, e, ao abrir tal porta, Rick se depara com algo no mínimo bizarro: o mesmo vulto que ele pensou ter sido sua imaginação estava há uns 10 ou 20 metros de sua porta, atrás dele havia uma pilha de corpos, uma pilha razoavelmente grande, com muito sangue em volta, mas o estranho é que as pessoas ainda pareciam quase vivas, seus olhos abertos ainda vibravam, e mesmo com tanto sangue no chão, pareciam vivas, oque Rick achava ser impossível. De repente a tal coisa começou a andar na direção de Rick, quase no mesmo momento que ele cai no chão, sem nenhuma reação, sem nenhuma esperança.
21 de setembro de 2012
Arthur está animado, finalmente acabou de mobilhar sua casa nova, uma casa de tamanho razoavelmente grande, na beira de uma estrada de terra, uma das capilares de uma das principais estradas de seu país. Arthur comprou essa casa apenas como um refúgio da conturbada cidade em que mora, comprou apenas para passar alguns finais de semana, não mais que isso...