A menina brincava com suas bonecas, quando sentiu a presença de outra pessoa. A mãe estava na casa vizinha passando roupa, portanto não era ela. Intrigada ela ergueu a cabeça e não conteve um grito. O que tinha diante de si era muito estranho. Um sujeito com uma cabeçorra em cima de um corpo mirrado. Porém o que mais a assustou foram os olhos enormes e vidrados. O estranho numa rapidez extraordinária agarrou a criança pelo pescoço e a arrastou para dentro de casa. Em segundos a menina de oito anos foi estuprada e degolada. Até os nove anos ele foi uma criança como todas as outras, mas a partir dessa idade começou a desenvolver uma estranha anomalia. O corpo passou a desenvolver-se lentamente, ao contrário da cabeça que foi se tornando descomunal. Médicos foram consultados, mas não conseguiram descobrir a causa. A maldade também se tornou um traço forte no garoto. Tinha prazer em torturar os animais de estimação. Queimava, furava com faca, e os proibiam de comer e beber água. Aos poucos ele começou a atrair os cães e gatos da vizinhança e suas experiências foram se tornando cada vez mais cruéis. A mãe, cujo marido morrera pouco depois do nascimento do filho, explicava que judiar de criação era pecado. Que Deus se entristecia com aquela covardia. O garoto arreganhava os dentes numa espécie de sorriso e continuava com os maus tratos. Ao completar treze anos, o menino percebeu que os animais perderam a graça. Morriam rápido demais. Decidiu inovar. Começou a observar as crianças dos arredores. Sentia arrepios de prazer ao imaginar tudo o que poderia fazer com elas. Sua primeira vítima foi um menino de quatro anos. Esperou um momento em que ele ficou sozinho andando de bicicleta enfrente á casa, tapou sua boca e o conduziu para a beira de um riacho rodeado de árvores. Primeiro o amordaçou, depois o espancou com socos e pontapés até mata-lo. Em seguida jogou o frágil corpinho nas águas barrentas do rio. (Continua)