Noites de terror.
Tive um sonho terrível ontem. Parecia ser tão real, mas não foi. Acordei com o meu próprio grito, ofegante e muito, mas muito assustado.
Sonhei que estava dentro da minha casa. O tempo estava bem agradável e a manhã estava linda. Parecia ser um sábado. Ou um domingo, talvez. Da cozinha, eu podia sentir a leve brisa que vinha da janela.
Resolvi ir até a sala. Peguei um velho livro na estante e me sentei confortavelmente no sofá. Foi quando a campainha tocou. De imediato, estranhei, mas fui ver quem estava tão cedo na porta de casa.
Ao abri-la, o coração disparou. Cinco pessoas entraram com tudo na sala. Fiquei com muito medo e gritei:
- Quem são vocês?!? O que vocês querem?!?
“Vieram me matar”, pensei. Era um grupo com dois homens e três mulheres. Não sei por que, mas todos estavam sorrindo. Pareciam ser médicos porque todos usavam jalecos brancos. Reparei que um dos homens, o mais alto dos dois, segurava uma câmera de vídeo. Já o outro ficou perto da porta apontando uma luz muito forte para o meu rosto.
No canto, uma mulher me olhava atentamente, enquanto a outra escrevia em uma prancheta sem parar. “Devem estar tramando minha morte”, imaginei. O bando parecia estar gostando da situação.
- O que está acontecendo? – perguntei apavorado.
Ninguém me disse nem uma palavra sequer. Tentei gritar por socorro, mas não conseguia. Parecia que algo me prendia. Eu devia mesmo estar em um sono muito profundo.
Foi então que uma das mulheres veio ao meu encontro. Ela era muito bonita e não demonstrava qualquer tipo de medo. Eu tremia e já estava a espera do pior. Ela me olhou fixamente, apontou um microfone para a minha boca e perguntou friamente:
- Qual creme dental você usa?
Acordei subitamente. Dei um pulo na cama. Olhei para os lados sem entender nada até perceber que tive um sonho muito ruim.
Para aumentar ainda mais o meu trauma, esta noite aconteceu de novo. Tive outro pesadelo. O que será que está acontecendo comigo?
Dessa vez eu corria sem parar. Eu estava sendo perseguido. Pode parecer loucura, mas era por uma garrafa de refrigerante. O pior de tudo é que ela falava e repetia sempre a mesma coisa:
- Olá, eu sou seu amiguinho! Olá, eu sou o seu amiguinho! Olá, eu sou seu amiguinho!
É, acho que já está mais do que na hora de pedir ajuda para um especialista.
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