O psicótico do computador - DTRL

- Mais que droga mãe, pare de me encher um pouco! Quando eu terminar irei jantar.

- Você já está ai há 8 horas consecutivas garoto, desligue isso já. Não sabe o quanto isso afeta no seu desenvolvimento.

- Desenvolvimento é uma ova, me deixe com meu computador, nós precisamos de paz, precisamos estar unidos.

- Está me deixando louca com isso! Assim que seu pai chegar irei vender essa porcaria para você começar a viver de verdade, é disso que precisa.

- Você não teria coragem!

- Quer me desafiar? Então está na hora de começarmos a jogar o meu jogo, e aqui eu dito as regras e você obedece, será que estamos entendidos?

- Não quero saber, se vender minha máquina estará destruindo uma parte de mim também.

- Vejo que a situação está pior do que parece.

Ela não sabe com quem está se metendo, acha que pode simplesmente vender minhas coisas assim? Quero ver encostar um dedo no meu amor que ela estará traçando uma guerra!

- Querido precisamos conversar, nosso filho está cada vez mais neurótico por aquela máquina, precisamos tirar aquilo dele antes que pire de vez está me ouvindo, suas atitudes dentro de casa só estão piorando.

- Eu sei querida, vou conversar com uns amigos meus do trabalho para ver se lhes interessa. Mais tenha calma está certo, vamos dar um jeito nisso o mais rápido possível, agora vamos dormir.

Pela manhã acordei e fui aprontar o café, entrei no quarto de meu filho e lá estava ele com aquele negócio ligado, seus olhos pareciam estar em algum transe ou algo do tipo.

- Você está ficando louco? Desligue isso já!

- Saia da minha frente sua vagabunda, se encostar nisso arranco sua carne e jogo para os corvos, mais acho que nem eles iriam querer algo tão podre e tão fedido!

Quando fiz o movimento para tirar aquilo, não senti mais nada a não ser o cheiro de minha carne fresca sendo tirada de meu corpo inocente por sua boca amarelada e grotesca. Senti seu suspiro enquanto arrancava tudo o que via em mim. Seus olhos pareciam estar hipnotizados, estavam brancos enquanto hematomas apareciam sobre seu corpo, logo depois não senti mais dor, apenas o odor horrível de minha pele pelo quarto espalhado e depois tudo se transformou em completa escuridão.

- Uma já foi, agora precisamos pegar o outro, depois só será eu e você meu amor, livre de todos os seres nojentos e ridículos que nesse planeta residem, mas agora precisa descansar. Pela noite terminamos o trabalho.

No meu trabalho havia conseguido um comprador para o computador de meu filho, fiquei feliz, pois teríamos uma vida normal novamente livre de aparelhos eletrônicos e voltaríamos a ser uma família feliz. Cheguei em casa para contar a novidade para minha esposa.

- Amor cheguei! E não sabe da maior, consegui um comprador para o computador de nosso filho! Amor está aí?

Andei pela casa toda e não vi minha esposa em lugar algum, fui olhar no quarto de meu filho e o fedor de podre começou a vir sobre minhas narinas.

- Nossa, que fedor de podridão é esse?

Quando abro o quarto vejo minha esposa dilacerada no chão, partes de seu corpo se encontrava em cada parte do quarto.

- Meu deus, o quê está acontecendo! Não pode ser minha mulher, quem fez isso?

- Você será o próximo papai, não tenha medo prometo que a dor será bem lentamente para você sentir o cheiro de sua carne sendo morta. Prefere assim?

- O quê é isso? Meu deus

Tentei fugir, mas a porta se fechou sozinha e senti um machado abrindo minhas costas ao meio, sangue jorrou pelo quarto todo, tentei lutar diante da morte, mas não tinha forças, rastejava para tentar sobreviver, e ele estava lá sentado assistindo tudo de camarote enquanto chupava o sangue sobre seu machado. Logo depois se levantou e terminou o serviço cortando minha cabeça ao meio. Apenas senti o último suspiro de meu corpo, depois tudo se foi!

- Agora estamos livres meu amor e ninguém irá me afastar de você.

OBRA FEIRA PARA O DTRL 10°

TEMA: VICIO

MUITO OBRIGADO

Rafael Fernando Cibi
Enviado por Rafael Fernando Cibi em 09/07/2013
Reeditado em 09/07/2013
Código do texto: T4379254
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