O Pescador esquecido
Chamo-me Ramon Luiz, um pescador de 57 anos muito experiente que trabalha sozinho e que já sabe lidar nos mares desse mundão! Vivo pescando peixes e outros animais saborosos que encontro nos mares a fora. Pescar é a minha paixão porque sou fascinado pela natureza em si, pelos animais que vivem embaixo da água, amo viajar para estudar alguns animais desconhecidos e ver onde posso encontrá-los para finalmente os pescar. Certo dia estava em meu navio no meio do oceano, estava uma tempestade daquelas e tudo começava a balançar para um lado e para outro, comecei a ficar com um medo tremendo, raios por toda a parte e aquele mar só piorava então vesti minha jaqueta e entrei no navio, o frio estava de matar!!Quando entrei abri um vinho e sentei no sofá ao lado da lareira, fiquei observando aquela imensa tempestade da parede tomando um delicioso vinho, mas acabei exagerando na dose e dormi. Acordei o dia já havia amanhecido meu navio havia parado não estava em movimento, logo me levantei e rapidamente fui olhar em cima, quando me deparo em uma ilha. Uma ilha muito bela realmente, mas isso não era o foco no momento, e sim como fui parar nessa ilha? Olhei o redor um pouco, vi que ali onde estava era seguro então fui fazer alguns peixes que estavam na geladeira, estava com muita fome e uma dor de cabeça horrorosa.
Entrei no navio e ali fiquei, era mais seguro e tinha as coisas apropriadas para minha sobrevivência. O relógio batia 15h45min quando o peixe estava pronto, comecei a comer, mas senti uma agitação na floresta. Pensei em olhar, mas estava com muita fome então não liguei, vai ver era algum animal pequeno como coelho ou até algumas aves. Comi aquele delicioso peixe e voltei a dormir, meus planos de sair daquela ilha iriam começar só depois que eu estivesse completamente 100% e isso requer descanso, uma boa alimentação para depois pensar em uma maneira de sair dali. 3 Dias se passaram e eu fiquei no mesmo lugar fazendo as mesmas coisas, realmente fui um imbecil, meu peixe estava acabando e meus suprimentos de água também, então precisava me alimentar rápido, então peguei um pedaço de madeira e criei uma lança para caçar animais pequenos, alias eu tinha fogão, as coisas necessárias para fazer o alimento, só faltava ele próprio. Sai para a caça, vasculhei todos os lugares, mas não achei nenhum animal, voltei para meu navio, mas não queria dormir, queria arranjar um jeito de sair dali, então voltei para a ilha e fiquei pensando em um jeito. O Navio estava enterrado na areia e pesava toneladas, como eu irei tirar aquele negocio gigantesco ali de dentro? Se fosse só eu, seria impossível literalmente, então sentei na areia e fiquei observando o mar, meu lugar onde me sinto calmo, me sinto livre. Fiquei observando o mar durante um bom tempo até que mais uma vez a floresta volta a se mexer. De primeira sai correndo para ver o que seria. Mas não vi ninguém, então comecei a gritar.
-Tem alguém aqui? Responda e se identifique quem você seja! Alô?
Nada. Então voltei para o navio, mas quando eu estava voltando senti uma vibração atrás de mim,virei rapidamente, mas não vi nada, o desespero começou a bater então sai correndo para entrar no navio. Fechei todas as janelas e fiquei sem reação alguma, só esperando que o dia termine, mas ainda estava sol. Quando olho no meu braço esquerdo vejo uma marca de mão. Não acredito como isso aconteceu? Fiquei em pânico então dormi um pouco para relaxar, vai ver é só cansaço. Devo estar vendo coisas também, fiquei esses três dias tomando vinho. Dormi em torno de umas 4 horas e acordei a escuridão já tomava conta de tudo, então abri as janelas. A fome começou a bater e eu estava sem nada, sem comida e sem bebida. Só me resta rezar para alguém me achar pois tinha vasculhado toda a área e não achei sequer uma mosca, achei aquilo muito estranho. Mas eu só queria sair daquele lugar. Olhei na janela e avistei algo, estava muito escuro então não consegui enxergar bem , mas consegui ver sua sombra no meio do mar que se agitava muito então sai correndo, vai que é uma ajuda não podia desperdiçar aquela chance. Assim que sai a porta imediatamente do meu navio se fecha sozinha, olhei para o local que avistei algo e não havia absolutamente nada. Então continuei a chamar
-Eu sei que tem alguém aqui, se aproxime eu preciso de ajuda.
Senti um vento muito forte bater sobre minhas costas, quando me virei vi certo senhor, estava com um chapéu de palha e aparentava ter uns 60 a 70 anos. De primeiro encontro parecia estar bêbado, pois seus olhos estavam avermelhados e o coitado nem conseguia ficar em pé.
-O senhor está bem?
- Estou um pouco tonto, mas está tudo numa boa!
- Parece estar com mal estar ou algo do tipo.
- Já disse que estou bem!
- Calma, só estou tentando lhe ajudar.
-Não quero sua ajuda, estou com fome e você me parece ser uma boa refeição!!
-Você enlouqueceu? Acho que precisa tomar alguns remédios.
- Só irei comer um pouco de sua carne e depois chupo seu sangue, juro que não irá demorar meu caro.
Quando ouvi essa palavra sai correndo para o mar, sabia que lá o tal senhor não conseguiria me acompanhar pois já aparentava estar bem tonto e eu sou mais rápido, mas me enganei quando pulei no mar e comecei a nadar aquilo veio mais rápido do que eu pensava, tentei nadar mais, só que o cansaço começou a falar mais alto e o senhor me alcançou, logo me deu a primeira mordida, seus dentes amarelados e podres arrancaram a carne de meu braço, mas com o outro consegui afastá-lo então fui para baixo da água com a intenção de ele não me achar, mais para meu azar avisto um tubarão que logo que sentiu o cheiro do meu sangue fresco veio para o ataque! Ele arrancou meu braço por completo, quando o desespero bateu só consegui sair do mar o mais rápido que pude, e vi o tubarão se deliciando com a carne daquele senhor esquisito. Sentei na areia, mas estava perdendo muito sangue e muito rápido, não sabia o que fazer e logo comecei a ficar fraco, perdia meus sentidos lentamente e tudo por fim virou uma imensa escuridão.