Isso depende de suas escolhas!

Alguns dias não são como os outros, você acorda e acha que terá um dia chatissimo, mas do nada, você passa a achar que foi parar na ilha de lost, só que sem a Evangeline Lilly.

Meus amigos me chamam de Clark... Não, eu não sou o super-homem, já meus inimigos me chamam de... Esqueçam, não é um nome que se deva ser pronunciado ou escrito em publico.

Bem, voltando para minha estória, o meu dia começou como qualquer outro, acordei, tomei o café, me vesti, sai para o trabalho, tudo muito rotineiro, exceto, é claro, o atropelamento.

Tudo aconteceu muito rápido, o sinal estava fechado, eu estava na faixa, não tinha carro por perto, então não vi motivos para eu não travessar, e foi o que eu fiz, mas do nada um gol surgiu e me acertou, foi um gol com placa.

Rolei por cima do capô, bati a cabeça no para brisa e cai no asfalto, a dor foi grande, mas tirando a enxaqueca, eu não teria nada. Quando me levantei o carro tinha sumido, até hoje eu acho que quem dirigia aquele carro era mestre dos magos, ou talvez o mister M, sei lá.

Liguei para o trabalho e disse que não iria, eu tinha sido jogado para escanteio. Então fui a pé para casa, no meio do caminho três homes me interceptaram, eles me puxaram para o lado, então um deles me olhou fixamente e disse:

– Clark, você tem que vir comigo!

Ergui uma sobrancelha mostrando minha surpresa, não pelo assedio, mas por que ao falar uma fumaça saia da boca do estranho.

– Cara, você deve fumar muito, hein?

Ele certamente não gostou do meu comentário, pois me pegou pela camisa e falou irado: PS: a fumaça ainda saia da sua boça.

– Detesto esse seu senso de humor!

– De onde você me conhece? –agora eu queria saber.

Para variar ele não respondeu. Dar para ser mais clichê? Então ele me soltou, pois um guarda passava na rua (outro clichê), clichês a parte eu fiz mais um, aproveitei a distração deles e fugir, sai correndo, eu parecia um medalhista olímpico, se o Usain Bolt tivesse do meu lado tinha comido poeira.

Quando dei por mim tinha despistados os bafos de fumaças, isto é o que dar morar em São Paulo.

Voltei para casa, contudo quando cheguei os bitucas estavam-me aguardando, olharam para mim e gritaram:

– Clark, você tem que vir conosco, agora!

Todos tinha o mesmo bafo de fumaça, já ia correr novamente, mas eles deram um salto de mais de quinze metros e pararam do meu lado.

– Mas que negocio é esse?! – Exclamei, realmente era estranho!

– Não há mais tempo, você tem que vir conosco!

Caramba eles não mudam o disco.

Então novamente fui surpreendido, o mesmo guarda apareceu, deu um soco no bafo-bafo que me segurava, com o golpe ele se transformou em fumaça e evaporou.

Os outros dois tentaram reagir, mas o guarda foi rápido e os alvejou com tiros, esses também se transformaram em fumaça na minha frente.

Isso era demais para mim, já ia fugir novamente, contudo o guarda me segurou pela cintura e começarmos a voar, corajoso como sou, fechei os olhos, quando os abri nos já estávamos no topo de um prédio.

Depois que cai sentado, comecei a me arrastar para par trás por alguns metros.

– Calma, Clark, eu vim para ti ajudar! – ele me falou.

– Que droga está acontecendo? – gritei.

– Eu sou um anjo...

– Ah, que ótimo, um anjo! – fala serio, ele tá de sacanagem comigo.

Ele se aproximou de mim e falou:

– venha ver por você mesmo!

Caramba, ver o que? Então me levantei e fui até a beirada do prédio, olhei para a rua, tinha um aglomerado de pessoas em volta de um corpo... Espere meu corpo!

– Mas que merda! – é galera eu estou morto, quando os clichês vão parar? Eu sou o cara que estava morto e não sabia. hahaha, fui pego de surpresa!

Então me virei para o anjo e perguntei:

– então, agora que estou morto o que acontece comigo?

Ele me olhou fixamente e disse:

– Isso depende de suas escolhas!

Adecio Chaves
Enviado por Adecio Chaves em 08/02/2011
Código do texto: T2779074
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.